Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788

O medo infantil é uma condição relativamente comum, pois faz parte da essência humana, podendo acompanhar a criança ao longo de toda a infância.
No entanto, apesar de ser comum, pais e cuidadores devem saber como agir para ajudar a criança a superar seus temores e evitar que determinada situação vire um trauma na sua vida adulta.
Além disso, é indispensável saber diferenciar quando o medo se torna excessivo e passa a prejudicar a rotina e as atividades mais básicas da criança, uma vez que, nesses casos, o recomendado é procurar ajuda profissional.
Neste artigo, falaremos tudo sobre o medo infantil e daremos dicas de como ajudar o seu filho a superá-lo. Confira!
Quais são os medos mais comuns na infância?
Os medos infantis costumam variar conforme a fase em que a criança está. Para facilitar o entendimento, fizemos a separação por faixas etárias.
1. Medo das crianças de 0 a 3 anos de idade
- Medo de estranhos: esse é um medo mais comum na fase de bebê, entre 8 e 12 meses de idade. Aqui, a criança pode sentir medo e ansiedade diante de pessoas desconhecidas.
- Medo da separação: também conhecida como angústia da separação, esse medo ocorre entre 8 e 24 meses de idade e consiste na ansiedade da criança ao se separar dos pais ou cuidadores, mesmo que por um curto período.
- Medo de barulhos muito altos: barulhos altos e repentinos, como fogos de artifício, podem assustar a criança e fazer com que elas se sintam ameaçadas.
2. Medo das crianças de 3 a 5 anos de idade
- Medo da escuridão: nessa faixa etária, é comum o aparecimento do medo do escuro, sobretudo pelo aumento da imaginação.
- Medo de criaturas imaginárias: também associada à questão da imaginação ativa das crianças, o medo de criaturas imaginárias pode surgir, como o de algum monstro sair do armário, por exemplo.
- Medo de ficar sozinho: esse é um medo que pode ocorrer do simples fato de a criança ficar sozinha em um cômodo da casa, justamente por imaginar que algo possa lhe acontecer nesse intervalo.
3. Medo das crianças de 6 a 12 anos de idade
- Medo de perigos reais: à medida que as crianças crescem, seus medos se tornam mais concretos e associados à realidade. Sendo assim, os pequenos nessa fase podem apresentar medo de ladrões, acidentes, desastres naturais, de algum ente falecer, etc.
- Medo de falhar ou de ser rejeitado: sobretudo em razão da inserção na vida escolar, a criança pode começar a apresentar medos relacionados à aceitação social e ao seu desempenho. Assim, dentre os mais comuns estão o medo de falhar em provas, de não corresponder às expectativas dos pais, de ser rejeitado pelos colegas, etc.
7 dicas para ajudar o seu filho a superar o medo infantil
Além de entender que o medo infantil existe, ou seja, que não é uma invenção da criança, pais e cuidadores podem (e devem!) ajudar a criança a superar tal situação com paciência e compreensão. Por isso, a seguir, listamos algumas dicas bastante úteis:
1. Mantenha um diálogo aberto
É muito importante possibilitar que a criança se sinta segura para compartilhar seus medos. Para tanto, converse com ela sobre seus temores, mostrando sempre compreensão. Não faça julgamentos, não deboche e nem a repreenda por se sentir assim.
2. Mostre à criança que ela está segura
Também é importante mostrar à criança que ela está segura e que nada de ruim vai acontecer. Para isso, você deve proporcionar um ambiente seguro e tranquilo e estar sempre presente (ou certificar-se de que um cuidador sempre estará por perto).
3. Exponha a criança ao medo de forma gradativa
A exposição gradual à situação, pessoa ou objeto que gera medo ou desconforto é uma boa estratégia e que pode ajudar a criança a superar o seu medo – desde que isso seja feito em um ambiente seguro e controlado, é claro.
Nesse sentido, se a criança tem medo do escuro, por exemplo, você pode levá-la para o seu quarto à noite, no escuro, e brincar com ela ou colocar músicas, por exemplo. Com isso, ela vai desassociar o escuro de algo ruim, ganhando confiança e reduzindo a sua ansiedade aos poucos.
4. Nunca force a criança
Como mencionamos anteriormente, a exposição gradual é uma excelente técnica para superar o medo, no entanto, ela nunca deve ser forçada.
Isso significa que você deve, sim, mostrar à criança que aquilo que ela teme não representa perigo, mas sem forçar uma aproximação, uma vez que isso pode gerar traumas.
5. Nunca use o medo da criança como um meio de poder
De forma bastante errônea, alguns cuidadores podem usar o medo da criança como uma forma de coerção, como dizendo, por exemplo, que, se ela fizer determinada coisa errada, o monstro vai aparecer.
Lembre-se de que ameaças e castigos só servem para intensificar os medos e a ansiedade da criança, além de ser uma conduta bastante desumana.
6. Fale a verdade sobre os medos reais
Se a criança tem medos reais, como de ladrões ou de alguém morrer, o indicado é falar a verdade sobre eles. As mentiras não ajudarão os pequenos a enfrentarem essas angústias, ademais, elas precisam ter a noção dos perigos reais. Por isso, seja sempre franco!
7. Deixe que a criança saia com um objeto familiar
Sempre que a criança visitar ambientes com os quais não está acostumada, como consultório médico e a escola nos primeiros dias, por exemplo, diga a ela para levar um objeto familiar. Apesar de ser uma medida simples, lhe dará mais segurança.

Como saber se o medo está além do normal? O que fazer nesse caso?
É possível perceber que o medo infantil está além do normal quando ele começa a atrapalhar a rotina da criança, impedindo-a de realizar atividades que ela gostava anteriormente, como brincar, passear, ir a algum espaço público, etc.
Além disso, o pequeno pode se fechar no seu mundo, se tornar mais retraído e reduzir as interações com cuidadores e colegas.
Outros indicativos de que há algo de errado são: dor de barriga e náuseas constantes, descontrole para fazer xixi e palpitações.
É muito importante estar atento a esses detalhes porque eles tanto podem indicar a existência de um medo não concreto – mas que está atrapalhando o desenvolvimento da criança, como também apontar para algo real que a esteja traumatizando, como abusos.
Diante desse cenário, procure imediatamente um psicólogo infantil, que, por meio de técnicas específicas, poderá compreender o que está acontecendo com a criança – ainda que ela não verbalize de forma explícita. Afinal, esse profissional está apto para fazer essa anamnese e iniciar o melhor tratamento que garanta o bem-estar da criança.
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Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 06/205788Formação: A psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...















