Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
Você sabe o que é Síndrome do Impostor? Já se sentiu como um impostor, como se não pertencesse de fato ao meio onde se encontra? Já olhou para as suas conquistas e deu de ombros, dizendo a si mesmo “foi sorte”?
Essa sensação é mais comum do que se imagina entre os profissionais, desde os iniciantes até os renomados. Atletas, artistas e empresários costumam sofrer mais com a sensação de que não merecem estar onde estão, mas todos os profissionais estão suscetíveis a desenvolver essa síndrome.
Essa síndrome também pode ser sentida em relação a projetos pessoais e em qualquer área da vida em que alguém obteve sucesso. Sendo assim, é um obstáculo tanto para o crescimento pessoal quanto o profissional.
O que é Síndrome de Impostor?
A síndrome de impostor é uma condição não-oficial. No entanto, como muitas pessoas apresentam sintomas, ela passou a ser amplamente estudada. Consiste na sensação de não merecimento que algumas pessoas têm acerca de suas realizações pessoais.
Dessa forma, elas se veem como “impostoras” quando recebem elogios e são reconhecidas por suas competências e trabalho. Não conseguem reconhecer as suas vitórias como grandes feitos, tampouco sentem que as merecem. Creditam as suas realizações a fatores externos, eventualidades, sortes e ajuda de outras pessoas.
A síndrome vem acompanhada de sentimentos de inferioridade, insegurança, frustração e medo. A pessoa que acredita ser uma impostora fica temerosa, como se estivesse esperando ser exposta pelos demais a qualquer momento. Assim, sente que está atuando quando fala sobre seu trabalho e vitórias, especialmente em eventos sociais.
Elogios fazem com que ela se sinta constantemente inadequada. Será que, de fato, ela merece recebê-los? Será que conseguirá alcançar as expectativas impostas pelos outros? Será que eles não conseguem ver que ela não é tudo isso que acreditam?
A sua visão deturpada da realidade pode acarretar outras condições graves, como depressão e ansiedade generalizada.
Sintomas da Síndrome de Impostor
Além dos sentimentos negativos mencionados anteriormente, pessoas com síndrome de impostor podem manifestar os seguintes sintomas:
- Autossabotagem: necessidade de se autossabotar para permanecer sempre em uma posição de inferioridade por medo de ser “desmascarado”;
- Necessidade de se esforçar além do normal: dedicação acima da normalidade para justificar as conquistas alcançadas. Afinal, como os outros acreditarão na pessoa com essa síndrome se ela não demonstrar que está se esforçando excessivamente?;
- Procrastinação: como temem ser avaliadas pelos outros, a procrastinação é comum entre as pessoas com essa síndrome;
- Medo de exposição: medo de se colocar numa posição de destaque e ser desmascarado como uma pessoa pouco competente. Assim, pessoas que acreditam ser impostoras fogem de situações em que poderão ser avaliadas ou criticadas;
- Comparações constantes: como o perfeccionismo é comum, as comparações com outros profissionais e pessoas de sucesso também é;
- Necessidade de agradar: na tentativa de conseguir a aprovação alheia, as pessoas com essa síndrome abusam do carisma e da própria boa vontade para agradar os outros. Dessa forma, podem ganhar a sua amizade antes que sejam “desmascaradas”;
- Autodepreciação: desvalorização da própria personalidade, intolerância com erros e defeitos, preferência pelo silêncio e a discrição e baixa autoestima são sintomas comuns; e
- Ansiedade: a preocupação com a possibilidade de ser descoberto como impostor consequentemente aumenta a ansiedade. A pessoa com frequência imagina situações em que é exposta como um fracasso na frente de todos.
Quais as causas da Síndrome de Impostor?
Falta de autoestima, traumas de infância, pessimismo, ambiente cheio de pressão, perfeccionismo, complexo de inferioridade, autocrítica excessiva e excesso de cobranças ao longo da vida são possíveis gatilhos para essa síndrome.
Crianças que sofreram com uma grande quantidade de críticas e exigências dos pais tendem a se transformar em adultos inseguros e pouco confiantes. Eles duvidam de suas competências e têm dificuldade para se valorizarem, além de não conseguirem administrar o estresse com facilidade.
Mesmo uma pessoa que, para outros, é realizada, competente e feliz pode se sentir inferior e como uma impostora.
Como superar a Síndrome de Impostor?
A Síndrome de Impostor mina a autoestima, autoconfiança e até os objetivos profissionais e pessoais para o futuro. É essencial investigar os sintomas e as causas para conseguir superá-la. Se você fingir que nada está acontecendo, pode ficar mais ansioso e ter mais problema no futuro não apenas em sua vida profissional, mas em outros setores.
Veja como superar essa sensação desagradável abaixo!
1. Confronte a insegurança
Encare as suas próprias inseguranças, levantando questionamentos acerca das razões para a sua existência. Por que você não se sente seguro no trabalho, nos relacionamentos e na vida diária? Quem você acredita ser e quem as pessoas dizem que você é? Quais são os seus maiores medos?
Ao confrontar a insegurança, você vai perceber que ela não é tão poderosa assim. Na verdade, você pode controlá-la e combatê-la com facilidade. Basta prestar atenção no que realmente é importante, como suas qualidades, projetos pessoais, sonhos, trabalhos e realizações pessoais.
Caso a dúvida surja, pergunte o porquê de ela estar ali e diga a si mesmo que “antes feito do que bem-feito”. Você pode praticar o autoaprimoramento quando quiser, portanto, não seja duro com si mesmo nem espere uma conduta extraordinária em todas as situações. Se concentre primeiro em fazer e, depois, aprimorar detalhes.
2. Modifique a sua mentalidade
A Síndrome do Impostor incentiva tanto o desenvolvimento de uma mentalidade negativa quanto a reforça os pensamentos negativos. Por isso, trabalhe para modificar o modo como você pensa sobre si mesmo e a vida.
Uma mentalidade pessimista pode ser reconfortante. Ela não abre possibilidades para desafios nem encoraja a saída da zona de conforto. As pessoas costumam se apegar ao pessimismo por essa razão. É mais fácil e prático desse jeito, mas também pouco recompensador e satisfatório.
Assim, modifique a sua mentalidade, adicionando pitadas de otimismo, pensamento positivo e autoestima em sua forma de pensar. Faça afirmações positivas, seja compassivo com seus erros, aceite os desafios sem medo mesmo quando existe a possibilidade de fracasso, tenha confiança nos finais felizes e simplesmente aproveite o momento presente para fazer o seu melhor.
3. Pratique o amor-próprio
Reflita: você tem amor por si mesmo? Se não, como isso tem colaborado para a sua vida? O amor-próprio é fundamental para uma vida feliz. Se você não consegue se amar, tem dificuldade para amar os outros e, ainda, não se permite encontrar a felicidade.
Pessoas que se amam se colocam como prioridades em suas vidas, tomam decisões visando o seu bem-estar emocional, não se deixam levar por pessoas tóxicas e abusivas, são compassivas com seus erros, vivem com autenticidade e fazem planos que condizem com seus verdadeiros desejos.
Em outras palavras, elas pensam no melhor para si mesmas.
Pense no amor que um pai possui por um filho. Ele é muitas vezes incondicional e intenso, com o pai fazendo de tudo para a felicidade do filho. É esse tipo de sentimento que nós devemos ter por nós mesmos.
4. Aceite o reconhecimento
Muitas pessoas acreditam que os outros estão colocando-as em um pedestal quando recebem elogios. Esse pode, de fato, ser o caso, como também pode não ser. Por vezes, os outros só querem demonstrar aprovação e admiração por um trabalho bem-feito ou serem educados.
Sendo assim, aceite os elogios, homenagens e reconhecimentos. Não lute contra eles, especialmente se você os receber com frequência.
Se você possui uma habilidade que está sempre sendo elogiada, reflita sobre o porquê disso. Certamente, os elogios não são feitos à toa! Eles são um indicativo de que você é muito bom em alguma coisa e pode transformar essa competência em uma profissão ou um projeto lucrativo. Só cuidado para deixar isso subir à cabeça!
5. Faça terapia
Quem faz terapia tem uma visão mais branda e lógica de si mesmo. O acompanhamento psicológico permite que as pessoas aprendam mais sobre si mesmas, desenvolvam competências ou aperfeiçoem atributos já existentes, aprendam a controlar emoções e reconheçam o seu próprio valor.
Tudo isso é feito com a orientação do psicólogo, que encoraja os pacientes a refletirem sobre suas vidas e si mesmos. Se você já tentou de tudo para se sentir melhor consigo mesmo e aprender a se amar, mas não obteve bons resultados, procure um psicólogo para lhe guiar nesse processo.
Todas as pessoas merecem amor e felicidade, bem como se sentirem satisfeitas com as suas vidas e suas personalidades. Você não é exceção a regra. Se está com dificuldade para se valorizar, pode aprender a fazer isso na terapia.
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Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 06/205788Formação: A psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...