Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
Conhecer a sua personalidade é fundamental. Você pode ter conhecimento de alguns traços, qualidades e defeitos seus, afinal, convive consigo todos os dias. Porém, sabe como e quando você funciona melhor? Ou o momento mais apropriado para enaltecer aquela qualidade que vem fácil? Ou por que certas situações são desafiadoras para você, mas não para os outros?
Conhecer a si mesmo é um processo praticamente interminável. Quando você começa compreender algumas nuances, outras desaparecem ou surgem em decorrência da maturidade, experiências de vida e autorreflexões. Mesmo assim, é um processo que somente traz benefícios.
Não é à toa que os psicólogos destacam tanto o autodescobrimento durante a terapia. Quando você se conhece, e se conhece muito bem, a vida fica mais leve.
Você sabe o que é personalidade?
A personalidade é composta por atributos que comandam o nosso modo de agir e de pensar. Eles nos ajudam a encontrar palavras para descrever o comportamento das outras pessoas e, ainda, a lidar com eles.
As chamadas qualidades e defeitos são atributos percebidos como positivos e negativos, respectivamente. É importante ressaltar que a manifestação de ambos os aspectos não são “8 ou 80”, mas, sim, em frequências diferentes. Uma pessoa pode apresentar fragmentos de um determinado traço enquanto outra pode manifestá-lo de forma intensa.
É preciso ter consciência que nós não somos seres estáveis.
Da mesma forma que você se transforma, evolui e se reinventa ao longo da vida, os outros também o fazem. A diferença também se encontra no grau de intensidade da mudança. Por isso, o ditado “as pessoas nunca mudam” não está correto. Elas mudam conforme as suas próprias capacidades para fazê-lo.
Como a personalidade se forma?
Acredita-se que a personalidade é formada a partir do conjunto de experiências de vida, características hereditárias e influências externas – mensagens que as pessoas recebem diretamente e indiretamente dos professores, parentes, amigos, cultura, entretenimento, sociedade, entre outros, as quais moldam as suas crenças e opiniões.
A infância possui papel significativo em sua formação, pois é o primeiro contato com as pessoas, o mundo e você mesmo. Os psicólogos costumam investigar as memórias da infância, a qualidade do laço familiar neste período e até mesmo como foi a gestação dos pacientes para melhor compreendê-los.
Já percebeu que as vivências e as palavras (dos pais, principalmente) que você escutou quando criança tendem a acompanhá-lo mais do que as de outra fase da vida? Esse apego explica porque às vezes é tão desafiador se desvincular de traços e comportamentos que lhe fazem mal.
No entanto, nem sempre é possível prever a personalidade de alguém tendo como base a forma como ele cresceu. Irmãos que nasceram e viveram no mesmo ambiente são exemplos vivos disso. Afinal, cada um desenvolve a sua individualidade e segue um caminho único embora tenham tido as mesmas (ou semelhantes) experiências.
Por isso, acredita-se que alguns traços são intrínsecos de cada indivíduo, ou seja, “nascem com eles”. Esses são os principais responsáveis pela forma como navegam pela vida.
Extroversão: a personalidade “cheguei”
Pessoas extrovertidas são falantes, possuem facilidade de se relacionar com indivíduos diferentes e agem antes de pensar. Pelos outros, são descritas como engraçadas, assertivas e a “alma da festa”. No entanto, a extroversão vai além dessas definições.
De acordo com a Teoria da Personalidade de Carl Jung, a extroversão caracteriza-se pela necessidade de estar em contato com o mundo exterior. A pessoa extrovertida dirige a sua energia para fora de si mesma, ou seja, para as pessoas e para o ambiente. É também através da interação social que ela recarrega as baterias.
Logo, a pessoa extrovertida está frequentemente inserida em contextos sociais de grande agitação, como festas, eventos e carreiras que visam o público, e não sente dificuldade em transitar por eles. Por outro lado, quando não tem acesso às suas fontes de energia típicas, fica cansada, indisposta e desanimada.
A extroversão também está associada à proatividade, impulsividade, expressividade, necessidade de compartilhar sentimentos e ideias e sensação de acolhimento em meio às pessoas.
Este jeito de ser costuma ser bastante valorizada no ambiente corporativo e em diferentes círculos sociais pela facilidade de interação. A pessoa extrovertida não costuma “esconder” o que sente, portanto, não apresenta surpresas para quem interage com ela. Além disso, a sua disposição para tentar coisas novas e aceitar convites é apreciada pelos demais.
Todavia, isso não quer dizer que ser extrovertido é melhor. Tudo depende da forma como a pessoa administra essa característica.
Afinal, pessoas extrovertidas também podem ser vistas como inconvenientes e espalhafatosas, especialmente em contextos sociais que exigem um comportamento mais reservado. Nesses casos, o indivíduo costuma não ter percepção de sua conduta.
Introversão: a personalidade reservada
Já as pessoas introvertidas são reservadas, por vezes tímidas, observadoras e parecem viver mais no mundo criado em suas cabeças do que no mundo a sua volta. Isto é, a pessoa introvertida dirige as suas energias para o mundo interior, segundo Carl Jung.
Ela possui conhecimento aprofundado sobre os próprios sentimentos, comportamentos e visão de mundo. Ou seja, possui inclinação para o autoconhecimento. Por passarem muito tempo analisando as situações antes de tomar uma decisão, os introvertidos são rotulados como tímidos. A timidez, contudo, pode acometer qualquer pessoa.
A pessoa introvertida recarrega as baterias quando está em um ambiente conhecido, onde sente-se mais confortável, não necessariamente quando está sozinha. Como as interações sociais implicam em descobrir mais sobre os outros de forma gradual, a pessoa introvertida, aos poucos, sente-se mais confortável na presença de desconhecidos.
Portanto, a pessoa introvertida também é social. Ela apenas responde de forma diferente da pessoa extrovertida ao ambiente externo. Enquanto não se sente confortável, tende a escolher a solidão por ser um local conhecido. Justamente por essa característica que a introversão costuma ser vista como “não acolhedora” a princípio.
Introvertidos também são analíticos, intuitivos, pacientes, distraídos devido à forte imaginação, criativos, entre outros. Além disso, tendem a não expressarem suas emoções abertamente.
Dependendo do contexto social, como no trabalho, essa característica pode não ser apreciada. Ou seja, como a extroversão, a introversão também possui alguns pontos considerados negativos.
O importante para cada pessoa é aprender a usar as características naturais do seu jeito de ser ao seu favor e trabalhar a autoaceitação para aprender a amar a si mesmo.
Ambivertido: quem está entre os dois espectros
As pessoas ambivertidas apresentam características introvertidas e extrovertidas, sendo capazes de tirar proveito dos pontos fortes de cada uma. Além de serem ótimas comunicadoras, são boas ouvintes. Conseguem tanto se sair bem em situações que exigem interações sociais constantes quanto em contextos que promovem a autorreflexão.
Basicamente, a pessoa ambivertida não necessita estar sempre com outras pessoas nem buscar a solidão para se energizar. Ela transita por ambos espectros sem compartilhar da ânsia que os introvertidos e extrovertidos sentem, encontrando maneiras alternativas de carregar as baterias.
Por vezes, o indivíduo ambivertido demonstra mais características da introversão ou da extroversão, porém, ainda consegue administrar ambas. Embora a ambiversão seja pouco conhecida, a maior parte da população é ambivertida!
Como me autoconhecer?
Para descobrir em qual definição você se encaixa, basta analisar a si mesmo com olhos mais atentos. Preste atenção, especialmente, em como você se sente antes, durante e depois de situações diferentes. Quais despertam a ansiedade? Quais você tira de letra? Quais encontra mais dificuldade? Quais deixam um gostinho bom ou amargo depois?
Se você se sente mais confortável rodeado de pessoas, mesmo desconhecidas, é provável que seja extrovertido. Se você prefere ambientes mais tranquilos e opta pela solidão com frequência, é provável que seja introvertido. Por fim, se você vê algumas interações sociais como interessantes e outras como desgastantes, é provável que seja ambivertido.
Entretanto, o autoconhecimento do seu jeito de ser vai além de saber como você se comporta em relação às interações sociais. Também é referente à sua conduta no trabalho, na universidade, com os amigos, com a família, no relacionamento e, é claro, consigo mesmo.
A forma como você administra as suas emoções e o seu humor, encara os desafios em seu caminho, supera crises e acontecimentos ruins, resolve problemas do dia a dia, reage às novidades e as lições você absorve das suas vivências também revelam quem você é.
Se você acredita que são muitos aspectos para descobrir sozinho, a psicoterapia pode ajudá-lo a identificar a sua personalidade! Além disso, o processo psicoterapêutico potencializa os pontos fortes e o ensina a gerir os pontos fracos conforme a ocasião. Dessa forma, aproveita o melhor da vida!
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Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 06/205788Formação: A psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...
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Abraços,
Psicóloga Thaiana
Amei a explicação. Enquanto lia me encaixava em alguns pontos de uma e outros não. Quando cheguei na ambiversão… me achei.
Obrigada pela contribuição.
Olá,
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Abraços,
Psicóloga Thaiana
Ótimo artigo
Parabéns
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