Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019
A impulsividade é uma característica comportamental de pessoas que agem antes de pensar e não consideram as consequências de seus atos. Até certo ponto, ser precipitado não apresenta riscos para a saúde mental ou qualidade de vida. Todo mundo age sem refletir às vezes, principalmente em momentos de grande ansiedade.
Segundo psicólogos, aprender a controlar a impulsividade combate o excesso de desinibição, o grande responsável pelas consequências indesejáveis. O autocontrole deve estar presente no processo de tomada de decisão e nas ações de todas as pessoas.
Características de uma pessoa impulsiva
A pessoa impulsiva frequentemente se encontra em situações complicadas. Por não pensar antes de agir ou de se expressar, tende a estar metida em problemas. Não raro ela precisa clarificar suas ações ou falas para evitar desentendimentos com terceiros ou impactos em sua reputação.
A impulsividade não permite que ela pare e analise as possíveis consequências de seus atos. Então, as suas primeiras decisões geralmente são equivocadas.
Existe uma pré-disposição para escolher o caminho cuja recompensa é instantânea, mas que nem sempre resulta em bons frutos. Na tentativa de satisfazer um desejo imediato, a pessoa impulsiva deixa passar oportunidades que a levariam para uma trajetória mais longa, porém satisfatória.
Quando ela é a causa de seu próprio sofrimento, a pessoa impulsiva justifica as suas ações com frases feitas, tais como “só se vive uma vez”. Essa conduta defensiva objetiva aliviar o arrependimento e a culpa oriundos de ações impulsivas.
O lado ruim da impulsividade
Todo mundo é impulsivo de vez em quando. Tomamos decisões imediatistas para aliviar a ansiedade ou satisfazer a euforia. Essa rapidez para gratificar um sentimento forte é uma característica bastante comum dos seres humanos.
Do mesmo modo, há indivíduos naturalmente mais impulsivos graças às suas personalidades espontâneas. Ou seja, agir por impulso não é totalmente negativo! O lado ruim da impulsividade fica evidente quando ela toma conta da vida das pessoas.
O seu excesso pode provocar uma série de problemas, como prejuízos financeiros, desentendimentos com pessoas queridas, desrespeito a legislação, término de relacionamento, negócios fracassados e até ferimentos físicos.
Todavia, a impulsividade também pode ser benéfica quando não há excessos.
As atitudes da pessoa impulsiva podem ser vistas como espontâneas e corajosas. Quando as consequências de suas ações são positivas, recebem elogios por sua ousadia. Por não passarem muito tempo refletindo sobre projetos ou ideias, surgem com propostas inovadoras e incitam tendências.
Assim como pensar demais pode levar a perda de oportunidades bacanas e ao arrependimento, pensar de menos também. A reflexão, então, deve ser aplicada na medida certa antes da tomada de decisões.
Impulsividade pode ser problema psicológico?
A impulsividade descontrolada pode estar ligada a uma condição psicológica conhecida como Transtorno do Comportamento Impulsivo, que resulta da divergência entre o pensar e o agir.
Diferente da impulsividade ocasional, as ações impulsivas provocadas por esse distúrbio trazem consequências duradouras e recorrentes ao indivíduo. Os sinais dessa condição são:
- Compulsões (de jogo, de compras, de alimentação);
- Destruição de propriedade;
- Pensamentos acelerados;
- Relacionamentos sempre conflitantes;
- Colapsos emocionais frequentes;
- Tagarelar sem pensar no que se diz;
- Violência física;
- Começar diversos projetos e não concluir nenhum;
- Automutilação;
- Engajar em atitudes perigosas; e
- Compartilhamento de informações íntimas ou comprometedoras.
A impulsividade, de fato, está presente em muitos distúrbios psicológicos. Ela pode ser um transtorno de conduta por si só ou a consequência de uma condição mais grave, como o transtorno de bipolaridade, o transtorno de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e o transtorno de personalidade borderline.
A ansiedade também estimula a impulsividade. Para aliviar esse sentimento desagradável, a pessoa impulsiva busca a forma mais rápida de obter prazer ou ter um vislumbre do resultado desejado.
Seja como for, o diagnóstico da impulsividade patológica é feito pelo psicólogo durante o processo psicoterapêutico. Nele, são avaliadas as razões e os possíveis sintomas que interferem no autocontrole.
Como controlar a impulsividade?
Aprender a controlar a impulsividade pode levar tempo, pois exige esforço e disciplina para não cair em hábitos antigos. Mesmo que esteja ansioso para se livrar desse comportamento desagradável, lembre-se que toda mudança é um processo contínuo de tentativa e erro.
Separamos oito dicas para ajudá-lo a controlar condutas impulsivas!
1. Lembre-se de parar e pensar
Parar e pensar antes de partir para a ação é a maior dificuldade de pessoas impulsivas, mas é uma lição que devem aprender para o seu próprio bem.
Quando a vontade incontrolável de fazer ou dizer surgir, diga a si mesmo para ter calma e pensar. Reflita sobre quais caminhos você pode escolher além daquele especificado por seus instintos impulsivos. Para estimular o pensamento lógico, feche os olhos e respire fundo várias vezes até sentir a tensão deixar o seu corpo.
2. Escolha formas saudáveis de expressão
A impulsividade descontrolada pode provocar uma discussão desnecessária ou incentivar uma atitude da qual você provavelmente se arrependerá. O arrependimento é um sentimento que costuma seguir os comportamentos impulsivos e causar sofrimento emocional.
Portanto, escolha outros canais para expressar as suas necessidades impulsivas. Preferencialmente, faça uma atividade produtiva ou saia para caminhar no seu quarteirão e refletir sobre os seus desejos para encontrar a coerência neles.
3. Faça práticas de relaxamento
Todas as pessoas impulsivas deveriam fazer práticas de relaxamento para manter a sua ansiedade sob controle. Além de ajudarem a liberar o acúmulo de tensão, essas práticas conservam a tranquilidade no dia a dia e promovem o pensamento lógico.
Meditação, respiração profunda, mindfulness, yoga e o próprio relaxamento são algumas práticas que podem ser facilmente reproduzidas mesmo quando se tem uma rotina cheia. Apesar de ser uma atividade física, a caminhada também tem a mesma capacidade de relaxar.
4. Defina outros modos de lidar com uma situação ou um sentimento
Outro método para controlar a impulsividade é visualizar mentalmente diversas formas de lidar com uma situação ou sentimento.
Quando estiver triste e sentir o impulso de gastar dinheiro ou de comer para levantar o humor (atitudes que não ajudam de verdade), procure alternativas mais saudáveis para obter o mesmo resultado. Pergunte a si mesmo: como posso me sentir bem sem ceder a impulsos?
Aplique a mesma estratégia quando precisar solucionar uma situação chata. Para não gerar conflitos, visualize como você pode usar o diálogo para remediar o vínculo com outras pessoas ou tornar a ocasião menos estressante.
5. Busque uma distração
Uma simples mudança de foco pode ser o suficiente para acalmar a ansiedade que vem junto com a impulsividade. Procure uma distração no ambiente, nas pessoas a sua volta ou em um aplicativo terapêutico em seu celular.
Traga lembranças boas de volta e direcione os seus pensamentos para coisas positivas, como para uma música preferida. Pense nos seus afazeres para o dia ou para a semana, elaborando um cenário de como fará para cumpri-los sem estresse. Dessa forma, você enfraquecerá as suas vontades impulsivas.
6. Modifique as suas estratégias
Pessoas impulsivas devem modificar suas estratégias de controle de impulsividade com frequência. Algumas podem se mostrar ineficientes em razão do amadurecimento, dos sentimentos envolvidos ou da realidade do momento.
Então, não fique frustrado se precisar tentar uma, duas ou três estratégias até encontrar uma com resultados consistentes. Essa é uma necessidade periódica de indivíduos impulsivos que ainda não aprenderam a controlar a impulsividade.
7. Determine um tempo específico para pensar
Atribua um período para pensar sobre uma escolha, um acontecimento ou uma pessoa antes de formar uma opinião concreta sobre esses fatores. Pode ser uma hora, um dia ou uma semana. Cada situação exigirá um período correspondente à sua urgência.
Determinar um tempo para pensar permite a análise cautelosa de detalhes e pontos sensíveis, auxiliando a controlar a impulsividade latente que encoraja as pessoas a cometerem atos impensados.
Se necessário, peça conselhos para pessoas de confiança, como amigos e familiares, para obter clareza sobre o problema em suas mãos.
8. Faça terapia
A terapia também é um método de controle de impulsividade! Além de ajudá-lo a controlar comportamentos impulsivos, o acompanhamento psicológico investiga o fator estimulador dos mesmos.
É uma questão emocional? É um problema psicológico? É possível mudar esse padrão comportamental? Fazer mudanças se torna mais fácil quando as respostas para essas perguntas são adquiridas.
O autoconhecimento abranda a autopercepção, possibilitando reflexões mais profundas sobre a personalidade. Indivíduos que se conhecem aceitam suas falhas, pois compreendem que seus problemas são manejáveis. A terapia é a ponte entre o paciente e o conhecimento de si mesmo.
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Autor: psicologa Psicóloga Veluma Marzola - CRP 06/124019Formação: A psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...
TEXTO INCRIVELL,
Olá, José! Tudo bem?
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Psicóloga Thaiana
Vou levar esse assunto no meu próximo encontro com meu terapeuta. Obrigado pelas dicas!!!
Olá!
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Abraços,
Psicóloga Thaiana
Ótimo texto. Uma mão estendida…
Obrigada pelo feedback!
Muito obrigada
Obrigada pelo seu comentário!
Obrigado!!
Perfeito esse conteúdo, estou sofrendo pois sou impulsiva ao extremo preciso de ajuda pra não perder principalmente meu casamento. Obrigada
Um psicólogo pode te ajudar, pense nessa possibilidade!