Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019

O vício em jogos e sua relação com a saúde mental é um tema que tem ganhado cada vez mais atenção, especialmente com o crescimento do acesso à tecnologia e o aumento do tempo de tela.
Nesse cenário, quando jogar se torna uma atividade compulsiva, que interfere nas relações pessoais, no desempenho acadêmico ou profissional e na saúde emocional, é sinal de que algo não vai bem.
Neste artigo, você vai entender quando o jogo deixa de ser saudável, quais são os principais efeitos do vício e como é possível tratar e prevenir essa condição com apoio profissional e mudanças de hábitos. Boa leitura!
Jogar jogos eletrônicos é um problema?
A resposta é: não, desde que haja equilíbrio.
Inclusive, jogar pode ser uma atividade benéfica, capaz de proporcionar relaxamento, estimular a concentração e promover conexões sociais, principalmente em jogos colaborativos.
Além disso, há também jogos voltados para o desenvolvimento cognitivo e emocional, que contribuem para habilidades como memória, tomada de decisão e coordenação motora.
O problema começa quando o jogo deixa de ser apenas uma forma de lazer e passa a dominar a rotina da pessoa, interferindo nas suas atividades diárias, relacionamentos e saúde.
Quando os jogos eletrônicos passam a ser uma questão de saúde mental?
Os jogos eletrônicos passam a representar um risco à saúde mental quando deixam de ser uma atividade de lazer e passam a ocupar um espaço central na vida do indivíduo, sendo o excesso o principal sinal de alerta.
Então, jogar por muitas horas consecutivas, negligenciar responsabilidades, perder o interesse por outras atividades e apresentar irritabilidade quando não está jogando são comportamentos comuns em casos de dependência.
Vale ressaltar que o uso abusivo dos jogos costuma estar ligado à tentativa de fugir de emoções difíceis, como tristeza, frustração ou ansiedade.
Portanto, quando o jogo se torna uma válvula de escape constante e interfere na rotina, no sono, na alimentação e na vida social, é sinal de que o comportamento ultrapassou os limites saudáveis e precisa de atenção psicológica.
Quais são os impactos do vício em jogos eletrônicos para a saúde?
O vício em jogos eletrônicos não afeta apenas o bem-estar emocional, ele pode comprometer diversas áreas da vida. Quando o uso é excessivo e descontrolado, surgem consequências importantes tanto para a saúde mental quanto para o corpo.
Os impactos variam de pessoa para pessoa, mas costumam seguir padrões semelhantes, afetando o humor, o sono, os relacionamentos e até a postura física.
A seguir, listamos os principais efeitos do vício em jogos eletrônicos na saúde:
Ansiedade e depressão
O vício em jogos eletrônicos pode intensificar ou até desencadear quadros de ansiedade e depressão, especialmente quando o jogo se torna uma fuga da realidade.
A dependência emocional criada pelo uso excessivo faz com que a pessoa se sinta bem apenas enquanto está jogando e, fora desse ambiente, enfrente sentimentos de vazio, tristeza ou irritação.
Com o tempo, o isolamento social, o acúmulo de responsabilidades negligenciadas e a sensação de perda de controle sobre a própria rotina alimentam um ciclo negativo.
Irritabilidade e instabilidade emocional
O vício em jogos eletrônicos pode levar a uma instabilidade emocional significativa, pois, quando a pessoa é interrompida ou não consegue jogar por algum motivo, pode experimentar irritabilidade extrema, frustração e até raiva.
Isso ocorre porque o cérebro passa a associar os jogos a uma fonte de prazer constante, e qualquer interrupção desse fluxo gera um desconforto emocional muito grande.
Além disso, a constante estimulação dos jogos, que oferece recompensas rápidas e feedback imediato, contribui para uma expectativa de gratificação instantânea na vida real.
Isolamento social
O vício em jogos eletrônicos pode levar a um profundo isolamento social. À medida que o tempo de jogo aumenta, a pessoa começa a priorizar os jogos em detrimento de interações sociais, como encontros com amigos, familiares ou até compromissos de trabalho e estudo.
Esse comportamento resulta em um distanciamento gradual dos círculos sociais e, frequentemente, de atividades que antes eram prazerosas ou essenciais para o bem-estar, como sair de casa, praticar esportes ou participar de eventos.
Dificuldades cognitivas
O foco excessivo nos jogos pode reduzir a capacidade de concentração e memória. Isso impacta diretamente o desempenho escolar ou profissional, além de dificultar a realização de tarefas que exigem atenção e organização.
Esse fenômeno ocorre porque o cérebro passa a se acostumar com estímulos rápidos e recompensas imediatas, comuns nos games, tornando difícil lidar com atividades mais lentas, como estudar ou trabalhar.
Distúrbios do sono
Um dos impactos mais frequentes do vício em jogos eletrônicos é a alteração do sono, pois muitas pessoas passam horas jogando durante a noite, o que atrasa ou até elimina o momento de descanso necessário para o corpo e a mente se recuperarem.
Essa prática desregula o relógio biológico e pode levar à insônia, sonolência diurna e cansaço crônico.
Além do horário inadequado, a própria estimulação causada pelos jogos (como adrenalina, tensão e exposição à luz azul das telas) interfere na produção de melatonina, o hormônio responsável por induzir o sono.
Sedentarismo e problemas físicos
O vício em jogos eletrônicos costuma estar associado a longos períodos sentado, com pouca ou nenhuma atividade física ao longo do dia.
Esse comportamento sedentário aumenta o risco de diversos problemas de saúde, como obesidade, dores musculares, má postura e doenças cardiovasculares.
Além disso, o uso repetitivo de teclados e controles pode provocar lesões por esforço repetitivo (LER), como tendinites e dores nas mãos e punhos.

Como tratar esse vício?
O tratamento para o vício em jogos eletrônicos deve ser conduzido por um profissional de saúde mental, especialmente um psicólogo.
Nesse sentido, a psicoterapia é a abordagem mais recomendada, pois ajuda o paciente a identificar os gatilhos emocionais por trás do comportamento compulsivo e desenvolver estratégias saudáveis de enfrentamento.
Além disso, outras medidas podem complementar o tratamento:
- Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): auxilia na reestruturação de pensamentos disfuncionais e na criação de novos hábitos;
- Acompanhamento familiar: é importante que a família esteja envolvida no processo terapêutico, especialmente em casos envolvendo crianças e adolescentes;
- Atividades físicas: a prática regular de exercícios melhora o bem-estar geral, reduz o estresse e proporciona prazer fora do ambiente digital;
- Técnicas de relaxamento: meditação, mindfulness e respiração consciente ajudam a reduzir a ansiedade e o desejo de jogar;
- Limitação de tempo de tela: estabelecer horários específicos para jogar é uma medida eficaz de controle.
Em casos mais graves, pode ser necessária uma abordagem multidisciplinar, com suporte psiquiátrico e programas de reabilitação.
Como prevenir o vício em jogos eletrônicos e minimizar os impactos para a saúde mental?
A prevenção é sempre o melhor caminho, principalmente entre crianças e adolescentes, que estão mais suscetíveis ao uso excessivo de tecnologia.
Então, separamos algumas dicas para manter o equilíbrio:
- Estabeleça limites de tempo para o uso de jogos diariamente;
- Promova outras formas de lazer, como atividades ao ar livre, esportes ou artes;
- Acompanhe o conteúdo dos jogos e prefira os que estimulam cooperação e pensamento crítico;
- Crie momentos de convivência em família, longe das telas;
- Evite jogos em horários próximos ao sono, para não prejudicar o descanso;
- Observe sinais de irritabilidade, isolamento ou queda no desempenho escolar;
- Mantenha um diálogo aberto com crianças e adolescentes, mostrando interesse pelo universo digital sem julgamento;
- Busque ajuda profissional ao notar que o jogo está interferindo na saúde mental ou nas atividades do dia a dia.
O vício em jogos eletrônicos é um problema real que pode comprometer a saúde mental e física, afetando diretamente a qualidade de vida. Embora jogar não seja, por si só, algo negativo, é essencial observar o uso excessivo e os sinais de dependência.
Fique atento aos sinais e, se necessário, busque apoio profissional. A psicoterapia pode ser o primeiro passo para retomar o controle e encontrar o equilíbrio entre o mundo digital e a vida real!
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Autor: psicologa Psicóloga Veluma Marzola - CRP 06/124019Formação: A psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...















