Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019
O relacionamento familiar é uma das questões mais abordadas na terapia. A maneira como os familiares se relacionam e as memórias de infância associadas à família exercem grande influência na vida das pessoas.
As suas crenças sobre o mundo, os relacionamentos e si mesmas são formadas com base no que aprenderam em casa.
As crenças, por sua vez, ditam os seus comportamentos e escolhas, além de interferirem na autoestima e no modo como gerenciam as suas emoções. Em outras palavras, todas as esferas das vidas das pessoas sofrem alguma influência dos seus relacionamentos familiares.
Em razão disso, é importante que o relacionamento familiar seja respeitoso e agradável a ponto de despertar emoções positivas e o desejo de ficar junto, compartilhando bons momentos.
No entanto, sabemos que cuidar da saúde das relações familiares é um dos maiores desafios das famílias. Neste post, vamos abordar como isso pode ser feito.
Relacionamento familiar saudável
Quais são os componentes de um relacionamento familiar saudável? O que se deve almejar quando se fala sobre isso? Um relacionamento livre de brigas, mal-entendidos e oscilações de humor?
O relacionamento familiar não precisa ser como os comerciais de margarina. Assim como acontece em qualquer outra relação, os familiares não se entendem, brigam, discordam uns dos outros e até se cansam da presença uns dos outros.
Algumas pessoas idealizam as relações familiares, colocando a família em um patamar elevado em comparação aos seus outros relacionamentos.
Elas fazem de tudo por seus familiares e se esquecem das suas próprias necessidades. Quando a realidade não bate com os seus ideais, elas ficam frustradas e chegam a se culpar por não terem a família perfeita.
O contrário também acontece. Quem cresceu em um ambiente familiar opressivo, em que conflitos, repreensões e censuras eram constantes, tende a crescer acreditando que não é possível ter um relacionamento familiar diferente do que viu.
O medo dos pais, a falta de companheirismo e a anulação das emoções é percebido como normal, parte do pacote da família.
O relacionamento familiar saudável é aquele que transita entre os extremos, mas não se aproxima deles. Não é livre de desentendimentos e ocasionais períodos de adversidade, como também não é imerso em discórdia o tempo todo.
Os familiares podem não compreender totalmente uns aos outros, mas se respeitam e aceitam as escolhas e personalidades diferentes das suas.
Fatores que prejudicam o relacionamento familiar
Empatia, apoio mútuo, compreensão, paciência e amor são essenciais para manter a saúde dos relacionamentos. Quando esses e outros elementos estão ausentes, problemas começam a se acumular no núcleo familiar e os fatores prejudiciais ganham força.
Enquanto alguns problemas são fáceis de resolver, outros adquirem proporções gigantescas e permanecem na família por várias gerações até que o ciclo de toxicidade seja quebrado. Alguns deles são:
- Críticas constantes;
- Mentiras;
- Insultos;
- Menosprezar interesses e objetivos de vida;
- Desrespeitar escolhas, personalidade, crenças e sexualidade;
- Diálogo ineficiente;
- Falta de companheirismo;
- Dificuldade para aceitar as diferenças;
- Controle;
- Impor os próprios valores e vontades nos outros;
- Descontar a raiva nos outros;
- Omitir sentimentos e pensamentos;
- Tomar decisões pelas outras pessoas sem consultá-las; e
- Falta de privacidade.
Além de tornar a convivência penosa, esses fatores abalam a confiança entre os familiares. As pessoas começam a querer passar menos e menos tempo com as suas famílias para evitar o estresse e as emoções negativas provenientes das interações com elas.
Ou, ainda, por conta de suas crenças, se sentem presas às suas famílias e não sabem o que fazer para melhorar o relacionamento com pais, irmãos e outros parentes.
Como melhorar o relacionamento familiar?
É normal não saber como lidar com certas situações porque não existe um manual exato para se ter um relacionamento familiar saudável. Há muitas coisas que podem ser feitas para alcançar esse objetivo, mas nem todas funcionam para todas as famílias.
A família não é uma entidade homogênea e imutável. Cada indivíduo tem uma personalidade única e preferências distintas dos pais, irmãos e avós.
Sendo assim, é esperado que conflitos apareçam de vez em quando. Bons relacionamentos são construídos com muita paciência, tentativa e erro, empatia e, sobretudo, resiliência.
Pensando em como podemos ajudar as famílias a terem relacionamentos mais saudáveis, separamos algumas dicas abaixo. Você pode testá-las para ver quais se encaixam com a sua dinâmica familiar. Caso elas não desencadeiem as mudanças que você gostaria de ver, considere procurar um psicólogo.
A terapia não é um recurso voltado somente para tratar condições de saúde mental, como depressão e ansiedade, e problemas individuais. Ela também se estende para famílias, casais e grupos.
Se é difícil ter uma conversa franca com seus familiares, uma consulta com um profissional imparcial e experiente pode ajudar a fazer as remedições necessárias.
1. Incentive diálogos honestos
O diálogo é o principal fator para manter a qualidade dos relacionamentos. Todas as pessoas envolvidas na relação precisam sentir que podem falar sobre o que quiserem, pois serão levadas à sério e respeitadas.
Quando as pessoas temem o diálogo, elas contam meias verdades, omitem coisas importantes, mentem e escolhem se afastar de quem não as escutam. Essas atitudes geram conflitos, ferem sentimentos e podem causar danos irreversíveis no relacionamento familiar.
Como as pessoas se comunicam na sua família? Com sinceridade, com agressividade ou com medo de dizer a coisa errada? Faça uma breve reflexão sobre como a maneira que vocês se comunicam em casa reflete na convivência diária e nos sentimentos nutridos uns pelos outros.
2. Peça perdão e aprende a perdoar
Tanto pedir perdão quanto aprender a perdoar é importante para melhorar o relacionamento familiar. Todos nós cometemos erros, tomamos decisões equivocadas e agimos sem pensar de vez em quando. Pedir perdão pelos nossos erros e saber perdoar os outros é indispensável para a longevidade de qualquer relacionamento.
Portanto, se você acha que alguém agiu com más intenções contra você, converse com essa pessoa. Você pode perceber que ela agiu mal tentando ter a atitude que ela acreditava ser a correta ou devido à falta de experiência com a situação. Ou seja, uma conversa sincera pode ajudá-los a chegar em um pedido de desculpas e um acordo para melhorar o relacionamento.
3. Questione em vez de assumir
Muitas vezes assumimos que nossos familiares tiveram uma atitude por conta de “X” e “Y”. Isso acontece tanto consciente quanto inconscientemente.
Já estamos acostumados a conviver com a nossa família, então sabemos como nossos parentes agem em determinadas situações e pensam acerca de certos assuntos.
Mesmo assim, não podemos assumir que eles tomaram uma decisão sem saber o que realmente aconteceu.
Além de as pessoas mudarem com os anos, elas não costumam compartilhar tudo sobre elas com seus familiares. Então, é difícil saber exatamente o que uma pessoa estava sentindo ou pensando quando tomou certa atitude.
Em vez de assumir, pergunte.
4. Faça acordos
A cada ano que passa adquirimos mais conhecimento sobre o que funciona e o que não funciona para nós e para os outros. Com isso, podemos fazer acordos para melhorar a convivência familiar.
Por exemplo, se é comum na dinâmica da sua família guardar sentimentos e evitar resolver problemas, permitindo que eles se acumulem e estourem de uma única vez, você pode mudar esse padrão de comportamento ao fazer acordos.
Neste caso, o acordo pode ser dizer a todos para se expressarem quando acharem necessário e, em contrapartida, os demais precisam se comprometer a ouvir e tentar fazer as mudanças necessárias para garantir o bem-estar de todos.
Para que bons acordos sejam feitos, é preciso deixar o orgulho de lado e assumir um compromisso com toda a família. Todos devem se esforçar igualmente.
5. Esteja disposto a ouvir
Se você quer ser ouvido, precisa saber ouvir.
Esteja disposto a ouvir opiniões e mentalidades contrárias às suas e verdades que não são tão agradáveis. Por exemplo, você pode descobrir que a razão pela qual o outro tem certa atitude é porque ele está reagindo a um comportamento negativo seu.
É, de fato, muito comum as pessoas omitirem suas opiniões e sentimentos de familiares por saberem que serão repreendidas ou criticadas. Como sabem que as reações dos outros serão negativas, não se dão ao trabalho de ser honestas.
Para que todos se sintam confortáveis na dinâmica familiar, é preciso saber ouvir. Você não precisa concordar com nada que está sendo dito, mas deve ser respeitoso e aceitar que seus familiares têm visões diferentes das suas. Mesmo irmãos que, na teoria, recebem a mesma educação, não pensam da mesma forma.
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Autor: psicologa Psicóloga Veluma Marzola - CRP 06/124019Formação: A psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...