Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
Você já se sentiu solitário? Esse sentimento pode aparecer mesmo ao ter contato com múltiplas pessoas ao longo do dia. A solidão não está ligada apenas à ausência da presença física de um ou mais indivíduos.
As pessoas se sentem sozinhas quando passam por uma situação de estresse ou sofrem com conflitos internos e não têm ninguém para conversar sobre isso. A ausência de apoio emocional faz com que elas acreditem que ninguém entende os seus problemas, por isso, devem traçar as suas trajetórias de vida sozinhas.
Esse sentimento tem se tornado cada vez mais recorrente na vida adulta. Quando esse tópico é abordado, o foco tende a ser as faixas etárias acima dos 60 anos. Entretanto, segundo psicólogos, os casos de solidão entre os adultos mais jovens estão ficando mais comuns.
Para se ter uma ideia da dimensão do problema, a solidão já é tratada como uma epidemia ao redor do mundo. A Inglaterra e o Japão possuem ministérios próprios para tratar do assunto enquanto outras nações, como a Nova Zelândia, já enxergam a solidão como uma questão de saúde pública.
Solidão na vida adulta
A vida adulta pode ser muito estressante e solitária. A necessidade de atender a compromissos profissionais, adquirir conhecimento e habilidades para ser capaz de competir no mercado de trabalho e encontrar formas de manter a estabilidade financeira toma grande parte do tempo das pessoas.
As redes sociais modificaram as relações humanas. Hoje, as pessoas interagem muito mais virtualmente. Elas encontram indivíduos com gostos similares e potenciais parceiros online, além de terem um espaço para se expressar. Dessa maneira, possuem a ilusão de que estão cercadas por pessoas.
Um estudo do The Journal of Clinical Psychiatry, lançado em 2020, descobriu que existem vários picos de solidão. Na atualidade, essa sensação desagradável atinge, sobretudo, indivíduos entre 20 e 29 anos e com 40 anos, além da faixa etária dos 60 anos.
Essas fases são caracterizadas pelo enfrentamento de novos desafios, como questões profissionais e de relacionamentos afetivos, afastamento ou rompimento de laços de amizade, problemas de saúde, redução da mobilidade e mudanças do estilo de vida.
No caso dos adultos mais jovens, a falta de experiência de vida e de inteligência emocional os deixam vulneráveis para dilemas diversos.
Em outras palavras, a solidão é o resultado de experiências comuns às diferentes fases da vida, bem como à maneira como as pessoas respondem às fases da vida. Esse sentimento também é originado pela ausência de conexões significativas com outros indivíduos e com o local onde se vive.
O problema da solidão
A ausência de laços significativos e a sensação de estar sempre sozinho pode deixar qualquer pessoa triste e desmotivada. As exigências e as hostilidades da sociedade também contribuem para a solidão, podendo ser uma das razões pelas quais um indivíduo opta por se isolar socialmente.
A solidão prolongada aumenta a suscetibilidade à depressão, ansiedade e pânico, além de acentuar sintomas de condições de saúde mental, como transtornos de personalidade. A vontade de se isolar e o desinteresse pelas interações sociais são sintomas comuns dessas condições, dificultando ainda mais o convívio social.
Quando você não tem interações de qualidade com as pessoas ou tem poucas interações com o mundo, fica preso às suas próprias opiniões, crenças e interpretações dos acontecimentos, então a vida pode parecer desinteressante e pouco diversa dado que você já sabe ‘tudo’ sobre ela.
O risco de doenças cardiovasculares e de patologias decorrentes de hábitos nocivos à saúde, como fumar, sedentarismo e beber, também é maior. Em relação aos idosos, a solidão crônica está associada à um risco 50% maior de desenvolver demência.
Um dos maiores desafios da solidão é que as pessoas se acostumam com ela sem perceber.
Elas convencem a si mesmas de que conseguem levar uma vida solitária e de que isso pode ser positivo. Logo, têm dificuldade para firmarem novas conexões e viverem experiências que as ajudarão a crescer como indivíduos. Embora não gostem desse modo de vida, não sabem o que fazer para mudá-lo.
Como quebrar esse ciclo?
Quebrar o círculo vicioso da solidão não é simples, mas é possível fazer mudanças no seu estilo de vida e afastar a sensação de não poder contar com ninguém. Entre as atitudes que você pode tomar estão:
1. Procure novos ares
Você pode estar se sentindo solitário por estar batendo na mesma tecla. Você já percebeu que não tem conexões agradáveis na sua vida ou tempo para cultivar relacionamentos, mas não fez nada para mudar isso. É preciso fazer mudanças para resolver problemas!
Faça uma reflexão sobre os momentos em que você se sente mais solitário ou quais fatores acentuam esse sentimento, como falta de equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, relacionamentos pouco saudáveis, tédio e zona de conforto. Em seguida, pense nas mudanças que você pode fazer para tornar a sua vida mais interessante.
2. Faça academia
Uma das coisas que você pode fazer para quebrar a estagnação é academia. Além de combater o sedentarismo e as doenças que podem resultar da inatividade, você tem uma desculpa para sair de casa, estar em um ambiente diferente e oportunidades para conhecer pessoas.
Os exercícios físicos também reduzem o estresse e a ansiedade, dois fatores que acompanham as pessoas solitárias. Você precisa se concentrar para executar os movimentos do exercício corretamente, sobrando pouco tempo para pensar em problemas.
3. Faça voluntariado
Fazer voluntariado é uma das formas mais eficientes de combater a solidão. Ao dedicar o seu tempo e as suas habilidades para ajudar uma causa, você afasta a sensação de estar sozinho e, ainda, se sente realizado.
O voluntariado também é uma oportunidade para ter experiências bem diferentes das do cotidiano, enriquecendo o seu repertório social. Da mesma forma, você conhece pessoas com personalidades e histórias diversas, as quais podem ajudá-lo a ter uma visão de mundo diferente.
Comece procurando por instituições e ONGs na sua cidade que precisam de ajuda em áreas que você pode oferecer a sua contribuição. Você pode se voluntariar frequentemente em um único lugar ou oferecer a sua ajuda para entidades diferentes durante eventos ou para efetuar atividades corriqueiras.
4. Fortaleça relacionamentos existentes
Foque nos relacionamentos que você já construiu ao longo da vida. Sabemos que manter o contato com amigos, colegas de trabalho e familiares pode ser complicado devido às obrigações. A correria do dia a dia acaba afastando as pessoas, principalmente aquelas com quem não temos um relacionamento consolidado.
Então, faça um esforço para mandar mensagens e fazer ligações ocasionais não apenas para trocar algumas palavras, mas para jogar conversa fora sem preocupações com o tempo. Demonstre interesse em saber como anda a vida das pessoas queridas para você, evitando ficar somente no “como vai?”.
Organize a sua agenda para encontrá-las pelo menos uma vez no mês e não tenha medo de planejar eventos, programas de fim de semana ou viagens para as férias. Pessoas solitárias costumam pensar que esses encontros não fazem muita diferença ou não têm energia o suficiente para organizá-lo. Mas, eles são excelentes para combater a solidão e estreitar laços.
5. Faça terapia
Gerenciar a solidão na vida adulta não é nada fácil. Você pode se sentir desmotivado ou perdido, sem saber por onde começar a mudar a sua vida. Além disso, a solidão que você sente hoje pode ser o resultado de experiências do passado.
Pessoas que sofreram traumas ou vivências ruins, principalmente envolvendo outros indivíduos, têm mais propensão ao isolamento. Elas temem reviver aquele momento ruim de suas vidas ou passaram a ressentir as pessoas no geral, então cultivam a solidão.
A terapia é o local ideal para resolver essas questões. Se você se sente solitário, mas ainda tem apego à solidão ou medo de deixar a zona de conforto, considere conversar com um psicólogo.
6. Pratique o autocuidado
Você tem cuidado de você?
A solidão crônica intensifica o pessimismo, irritabilidade e tristeza, sentimentos que, a longo prazo, podem evoluir para uma depressão. Eles também roubam a vontade das pessoas de cuidarem de si mesmas, e a falta de autocuidado prolonga o mal-estar emocional.
Quando se sentir solitário, procure maneiras rápidas de promover o bem-estar. O autocuidado é sempre uma boa ideia, mas é especialmente útil quando você não está se sentindo bem. Pratique exercícios físicos, saia para dar uma volta ou ligue para alguém.
Já para prolongar a sensação de bem-estar, foque nos hábitos que você mantém no cotidiano, como dormir o suficiente e fazer refeições saudáveis.
Quem leu esse artigo também se interessou por:
- Solidão na vida adulta: o que fazer?Você já se sentiu solitário? Esse sentimento pode aparecer mesmo ao ter contato com múltiplas pessoas ao longo do dia. A solidão não está ligada apenas à ausência da presença [...]
- Solidão na vida adulta: o que fazer?Você já se sentiu solitário? Esse sentimento pode aparecer mesmo ao ter contato com múltiplas pessoas ao longo do dia. A solidão não está ligada apenas à ausência da presença [...]
- Solidão na vida adulta: o que fazer?Você já se sentiu solitário? Esse sentimento pode aparecer mesmo ao ter contato com múltiplas pessoas ao longo do dia. A solidão não está ligada apenas à ausência da presença [...]
Psicólogos para Autoconhecimento
Conheça os psicólogos que atendem casos de Autoconhecimento no formato de terapia online por videochamanda e também consultas presenciais em São Paulo:
-
Jaqueline Braga
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Jaqueline Braga possui mais de 10 anos de experiência em Psicologia Clínica. É especialista Comportamental DISC pela Etalent Internacional e pós-graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental pela Universidade Anhanguera. Além disso, também possui pós-graduação em Psicologia...
Valor R$ 230(R$ 120 a 1ª consulta)
Posso ajudar comEstresse pós-traumáticoRelacionamentosTransição de CarreirasConflitos FamiliaresFamíliapróximo horário:
Consulte os horários -
Veluma Marzola
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...
Valor R$ 230(R$ 120 a 1ª consulta)
Posso ajudar comTranstorno de Estresse Pós Traumático (TEPT)Transição de CarreirasConflitos FamiliaresTranstornos de HumorDistúrbios Alimentarespróximo horário:
Consulte os horários
Outros artigos com Tags semelhantes:
- A relação entre o pessimismo e a depressãoO pessimismo e a depressão possuem alguma relação? Os nossos pensamentos e visões de mundo possuem o poder de afetar a nossa saúde mental a ponto de adoecê-la? As [...]
- Como lidar com pessoas diagnosticadas com o TDAH?Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), estima-se que entre 5% e 8% da população mundial tenham o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, o TDAH. [...]
- Sensação de vazio: por que a sentimos e como combatê-laA sensação de vazio é incômoda, porém muito comum. Muitos já sentiram o estranho sentimento de vazio interior em algum momento da vida. Na verdade, é esperado que a [...]
Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 06/205788Formação: A psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...
Parabenizo a colega pelo excelente artigo.
A solidão é algo que tem aumentado muito, principalmente nesse período de pandemia. Como bem colocasse, a solidão não é mais um problema das pessoas acima dos 60 anos, identificamos nos adultos jovens e nos adolescentes.
Realmente, a solidão é um assunto que preocupa a nós profissionais da saúde mental, porque muitas são as situações que podem ocorrer a partir dela.
Olá! Obrigada pelo seu excelente comentário. Se tiver interesse, você também pode assinar a nossa newsletter para receber todos os conteúdos que são publicados em tempo real! Basta se inscrever clicando neste link: https://www.psicologosberrini.com.br/newsletter. Espero que você goste!
Adorei este texto, pois estava a precisar de ajuda, e encontrei aqui uma maneira de dar uma volta à minha vida. Obrigada
Olá! Ficamos contentes que tenha gostado do conteúdo.