Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019
Segundo a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a Síndrome de Burnout. Esse número coloca o Brasil como o segundo país com mais casos diagnosticados no mundo.
Nesse cenário, diversas são as causas para o desencadeamento da condição, como ambiente de trabalho tóxico e cargas horárias intensas e exaustivas.
A boa notícia é que é possível prevenir a Síndrome de Burnout de forma a preservar a sua saúde mental. E é sobre isso que vamos falar neste conteúdo.
Continue acompanhando para conferir boas dicas de como se cuidar para não desenvolver essa condição!
O que é a Síndrome de Burnout?
Síndrome de Burnout é uma condição desenvolvida pela tensão e estresse crônico provocado pelo ambiente de trabalho.
Também chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional, ela é caracterizada pela exaustão física e mental intensa.
Em geral, ela é desencadeada em ofícios que demandam muita responsabilidade, competitividade ou ações que vão desgastando o indivíduo ao longo do tempo.
Quais são os principais sintomas dessa síndrome?
Os sintomas da Síndrome de Burnout podem ser físicos e/ou psicológicos. Geralmente, eles surgem de forma mais leve e se agravam com o passar do tempo.
Isso, inclusive, faz com que muitos pacientes procurem ajuda tardiamente, por acreditarem se tratar apenas de um estresse ou sobrecarga de trabalho pontual.
Nesse sentido, os principais sinais dessa condição são:
Físicos
- Dor de cabeça frequente
- Cansaço excessivo
- Tonturas
- Insônia
- Alterações no apetite
- Pressão alta
- Dores musculares
- Problemas gastrointestinais
- Frequência cardíaca alterada
Psicológicos e comportamentais
- Diminuição do desempenho
- Dificuldades de concentração
- Negatividade constante
- Sentimentos de fracasso, incompetência e insegurança
- Isolamento social
- Alterações repentinas de humor
- Lapsos de memória
- Irritabilidade e agressividade
- Ansiedade
O que pode causar a Síndrome de Burnout?
O esgotamento e a estafa causados pela Síndrome de Burnout necessariamente estão atrelados às condições de trabalho. Inclusive, a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022, classificou a mesma como uma doença ocupacional.
Nesse sentido, os principais fatores que podem provocar o desencadeamento dessa condição, são:
- Ambiente de trabalho tóxico
- Liderança inadequada
- Problemas nas relações com os colegas de trabalho
- Carga de trabalho excessiva (muitas horas ou muitas demandas)
- Incapacidade do indivíduo em gerenciar de forma eficaz o seu tempo
- Falta de reconhecimento profissional
7 dicas para prevenir a Síndrome de Burnout
O indivíduo que perceber os primeiros sintomas da Síndrome de Burnout deve se dirigir imediatamente a um psiquiatra ou psicólogo para que seja, de fato, diagnosticada a condição e, a partir disso, iniciado o tratamento adequado.
Esse envolve a psicoterapia e o uso de medicamentos, além do afastamento imediato do profissional de suas atividades.
No entanto, é plenamente possível evitar que se chegue a um estresse crônico no trabalho a ponto de desencadear a Síndrome de Burnout. A seguir, listamos algumas dicas valiosas para ajudar nessa prevenção e preservar a sua saúde mental.
1. Estabeleça suas prioridades
Não definir as prioridades da sua vida pode fazer com que você se comprometa com o trabalho de forma excessiva e, quando der conta disso, já poderá ser tarde demais para a sua saúde mental.
Dessa forma, quando falamos de prioridades, é importante que você liste tudo aquilo que é tão ou mais importante quanto o trabalho, como os momentos de lazer, a companhia dos amigos e familiares, as funções da casa, entre outros.
Ao visualizar todos esses compromissos, você conseguirá definir limites em relação ao seu trabalho para evitar que as atividades laborais suguem o tempo das outras.
Uma boa dica é listar todas as suas atividades diárias e classificá-las em nível de importância para que você tenha um bom planejamento e evite o estresse e a ansiedade.
2. Aprenda a dizer “não”
Se permitir e aprender a falar “não”, além de libertador, é muito importante para garantir a sua saúde mental. E isso vale para todas as áreas da vida.
Mas falando especificamente sobre o ambiente de trabalho, essa é uma prática essencial para que você previna a ansiedade e o estresse, uma vez que não acumulará tarefas e responsabilidades que não será capaz de cumprir e, portanto, que podem te sobrecarregar.
Nesse sentido, independentemente do cargo que você ocupe em uma empresa, exercite diariamente a sua capacidade de não assumir um compromisso que você percebe que não dará conta ou que até mesmo soa como uma exploração.
3. Mantenha um diálogo franco com o RH
Assim que surgirem incômodos frequentes no ambiente de trabalho, como conflitos em excesso com algum colega de trabalho ou o acúmulo de responsabilidades e/ou demandas, por exemplo, então é importante comunicar ao setor de Recursos Humanos.
Ter essa comunicação é muito importante para que a empresa tome ciência da sua situação e possa intervir de forma a evitar que o profissional se esgote.
Portanto, ao menor sinal de exaustão, converse com o RH ou com o seu chefe superior.
4. Reconheça os gatilhos de estresse
Quando o assunto é a prevenção de condições psicológicas, como a Síndrome de Burnout, é muito importante trabalhar o autoconhecimento.
Nesse cenário, é crucial que você identifique as situações que agem como um gatilho para o seu estresse. Isso porque essa é uma emoção que, quando crônica, desencadeia a síndrome.
Portanto, comece a perceber e a identificar as pessoas, situações e/ou objetos que despertam emoções e sentimentos negativos no seu ambiente de trabalho.
Com isso, torna-se possível criar estratégias para evitá-los ou, pelo menos, impedir que te causem sofrimento por meio do desenvolvimento da inteligência emocional.
5. Não faça hora extra
Se você percebe que já está sendo exaustiva a sua jornada de trabalho, então coloque limites de horário. Isso inclui, dentre outras coisas, não fazer hora extra, apenas se você estiver se sentindo bem para isso, é claro.
Além disso, vale a pena definir o tempo adequado para cada atividade do seu trabalho. Assim, você consegue mensurar quanto tempo precisa para desenvolver todas as atividades e, então, se programar.
6. Tenha uma rede de apoio
Ter uma rede de apoio é importante para manter a sua saúde mental.
Isso porque as pessoas que querem o seu bem, como amigos, familiares ou até mesmo bons colegas de trabalho, podem te ouvir e te fornecer um suporte quando você se sentir sobrecarregado.
Em muitos casos, o simples fato de ter com quem desabafar e se aconselhar já é libertador para reduzir as emoções negativas e te encorajar a tomar as melhores decisões na vida, inclusive no trabalho.
7. Atente-se aos sinais
Por fim, uma outra dica para prevenir a Síndrome de Burnout é se manter atento a qualquer sinal que o seu corpo ou a sua mente desenvolva, como insônia, baixa imunidade, acordar cansado, se sentir sempre irritado e/ou ansioso.
Esses são apenas alguns dos sinais que podem surgir quando algo não vai bem no seu ambiente de trabalho.
Portanto, antes que isso se transforme em uma doença ocupacional, perceba a manifestação dos sintomas dados pelo seu organismo para agir o quanto antes. Seguindo essas dicas, você previne a Síndrome de Burnout e, sobretudo, ganha em qualidade de vida e bem-estar.
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Autor: psicologa Psicóloga Veluma Marzola - CRP 06/124019Formação: A psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...