Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019
A síndrome do pânico é uma condição associada a crises de ansiedade súbitas e intensas, as quais podem durar até 10 minutos ininterruptos. Psicólogos aconselham buscar ajuda psicológica assim que a primeira crise acontecer, especialmente se for seguida de outras em um curto período.
Este post vai lhe ensinar a identificar se você está sofrendo com essa condição e qual o melhor tratamento para o pânico.
O que é Síndrome do Pânico?
A síndrome do pânico é um transtorno da ansiedade caracterizado por crises repentinas de ansiedade (também chamadas de ataque de pânico). Medo, desespero e uma forte sensação de que algo ruim pode acontecer são sentidos durante uma crise.
Alguns elementos podem ser gatilhos para a ansiedade de quem sofre com essa síndrome, como interações sociais, lugares movimentados, eventos com muitos indivíduos e engarrafamentos no trânsito. No entanto, nem sempre é possível pontuar um gatilho, dificultando o controle do ataque de pânico.
Quanto mais frequentes forem as crises, mais preocupada a pessoa com síndrome do pânico fica. Por ser uma experiência muito desagradável (e até assustadora), ela começa a evitar certos contextos sociais para não sofrer com os sintomas.
Além do isolamento voluntário, ela passa a ter medo de enlouquecer, ter um ataque cardíaco ou de morrer. Paradoxalmente, a tensão gerada pela antecipação aos ataques acaba contribuindo para a sua manifestação.
Então, quando essa condição alcança a fase acentuada, interfere na qualidade de vida, na performance profissional, nos relacionamentos afetivos e demais aspectos que compõem o dia a dia.
Como ela se manifesta?
A síndrome do pânico tem raiz na ansiedade. Pessoas ansiosas que desconhecem o seu diagnóstico ou optam por não cuidar da saúde mental podem desenvolver essa condição com o passar dos anos. Uma situação ruim ou uma mudança de vida abrupta também podem desencadeá-la.
Outras causas consistem em acúmulo de estresse, fatores genéticos, situações de tensão emocional, personalidade negativa e temperamento forte. Pessoas irritadiças ou pessimistas vivem emoções negativas e, assim, estão mais suscetíveis a ter a saúde mental afetada pela ansiedade ou depressão.
Alguns acontecimentos, tais como morte na família, término de relacionamento, demissão, abuso ou negligência na infância, acidentes, entre outros, são fortes o suficiente para impulsionar o surgimento da síndrome do pânico.
Entretanto, as causas específicas ainda não foram totalmente esclarecidas. Não se sabe porque as crises surgem em situações que não apresentam nenhum perigo à vida, embora as pessoas sintam exatamente isso durante elas.
O que se sabe é que essa condição é um transtorno ansioso e costumeiramente aparece no início da vida adulta. Os sintomas tendem a já estarem presente na vida da pessoa desde a adolescência, mas são de menor intensidade nessa fase.
Como identificar a Síndrome do Pânico na minha vida?
A síndrome do pânico é uma condição debilitante que modifica a vida de quem a tem completamente. Para prevenir o seu agravamento, o diagnóstico e o tratamento devem ser feitos de imediato.
1. Ansiedade constante
A ansiedade não é sempre ruim. Ela ajuda a modificar os aspectos indesejados de nossas vidas e incentiva a proatividade. Quando chega ao nível patológico, no entanto, fica fora de controle e começa a interferir na forma como vivemos.
A pessoa ansiosa passa a desejar que tudo seja feito rapidamente e que as situações se resolvam num piscar de olhos. Ela vive o imediatismo, esquecendo-se que na vida real tudo leva o tempo para se desenrolar.
Afazeres simples, eventos sociais e interações geram grandes expectativas. Incapaz de gerir as emoções oriundas dessas, o ansioso começa a passar mal. Sente tremores nas mãos, dores de cabeça, palpitações, desconforto intestinal e vontade de fugir de momentos sociais desagradáveis.
2. Dificuldade para dormir
A qualidade do sono é um indício importante da saúde mental. Se você não tem dormido bem ultimamente, a razão disso pode ser psicológica.
A ansiedade fora de controle causa insônia e dificuldade para dormir. A necessidade de ver as pendências concluídas rouba o momento de descanso dos ansiosos. O corpo passa a funcionar com quantidades insuficientes de sono, podendo sucumbir à exaustão de súbito.
3. Pensamentos intrusivos
Uma característica marcante da síndrome do pânico e da ansiedade patológica são os pensamentos intrusivos. Esses devaneios surgem repentinamente e consistem em questionamentos, autocríticas e cenários trágicos.
Por exemplo, após um evento social, a pessoa ansiosa começa a refletir sobre o seu comportamento, perguntando-se se desagradou alguém ou fez algo de errado. Ela pode alimentar esses pensamentos por dias seguidos e sentir muito desconforto emocional.
Outra situação comum é quando um evento importante está marcado na agenda do ansioso. Dias antes, ele começa a imaginar cenas desagradáveis onde é vítima de críticas e de comentários maldosos, ou faz algo embaraçoso.
4. Palpitações
As palpitações assustam porque são sintomas de patologias cardíacas. Elas podem se manifestar enquanto você está em repouso, fazendo pouco esforço físico ou prestes a dormir.
É recomendado buscar ajuda médica para descartar a possibilidade de debilidade física, mesmo que você não tenha histórico de doença cardíaca na família.
Se os exames não demonstrarem nenhuma anormalidade, é provável que as palpitações estejam relacionadas à ansiedade, depressão ou síndrome do pânico.
A diferença entre um ataque cardíaco e uma crise de ansiedade ou taquicardia ansiosa é simples: no primeiro cenário a dor no peito é intensa e se alastra por outras regiões do corpo, como os braços e o pescoço. Já quando o problema é psicológico, as palpitações duram por alguns minutos e desaparecem.
5. Crises de pânico
As crises de pânico se caracterizam pela manifestação súbita do medo e desespero, bem como de sintomas físicos, tais como:
- Náusea;
- Tremores;
- Sudorese;
- Ondas de calor;
- Dormência nos membros;
- Dor de barriga;
- Tontura;
- Sensação de sufocamento;
- Aperto no peito.
Os ataques de pânico precisam ser recorrentes para que o diagnóstico seja feito. É possível uma pessoa que não tem ansiedade ou depressão ter um ataque em uma situação de estresse extremo, como durante um acidente de trânsito.
6. Medo de encontrar gatilhos
Se você já teve ataques de pânico, provavelmente tem medo de sofrer novas crises fora de casa. O temor de encontrar possíveis gatilhos, especialmente porque não se sabe o que pode desencadear um ataque, pode estar interferindo em suas decisões.
O receio de passar pela mesma experiência de novo é compreensível, mas ele não pode influenciar os seus comportamentos e escolhas. Se você se sente à mercê desse sentimento, provavelmente sofre com a síndrome do pânico.
Diagnóstico da Síndrome do Pânico
O diagnóstico pode ser feito tanto pelo médico quanto pelo psicólogo. Em quadros mais severos, é preciso combinar a psicoterapia com o uso de medicamentos para minimizar os sintomas e promover o funcionamento regular do corpo.
Na consulta com ambos os profissionais, o paciente precisará compartilhar quais sintomas têm experimentado, com que frequência eles aparecem e como têm afetado o seu comportamento. Os históricos médico e familiar também deverão ser informados para que o diagnóstico ocorra.
Tratamento para a Síndrome do Pânico
O tratamento da síndrome do pânico visa reduzir as crises e a ansiedade. Apesar dos medicamentos serem úteis para tal, eles não conseguem sanar a raiz do problema. Para isso, é preciso recorrer à terapia.
A Terapia Cognitivo-Comportamental é a mais indicada para tratar essa condição. É uma abordagem psicoterapêutica excelente para fazer modificações comportamentais e consolidar novos hábitos, pois foca no momento presente e na qualidade do dia a dia dos pacientes.
Ela pode ser realizada no decorrer de meses ou anos, dependendo da necessidade e da vontade do paciente de continuar o tratamento.
O psicólogo ajuda o paciente com pânico a compreender e a lidar com as crises. Como os pensamentos e as emoções ficam desordenadas durante uma, a pessoa em pânico tem dificuldade para se prender à realidade.
Com a terapia, ela pode desenvolver mecanismos de defesa contra os ataques de pânico, como encontrar uma distração assim que a ansiedade surgir no peito ou controlar a respiração ofegante. Dessa forma, a psicoterapia também auxilia o paciente a retomar a sua vida cotidiana, livrando-o do temor por novas crises.
O paciente pode ajudar a si mesmo ao desenvolver alguns hábitos saudáveis para dificultar a manifestação da ansiedade. São eles:
- Criar uma rotina para dormir;
- Fazer exercícios físicos regularmente;
- Praticar técnicas de relaxamento;
- Desenvolver um hobby capaz de tirar a mente dos pensamentos negativos;
- Participar de grupos de apoio; e
- Fazer refeições mais saudáveis.
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Autor: psicologa Psicóloga Veluma Marzola - CRP 06/124019Formação: A psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...
Feliz ano novo Dra Thaiana, obrigada de coração por partilhares sempre os seus conhecimento… Saudações.
Olá!
Obrigada pelo seu comentário. Fico contente que você tenha gostado do conteúdo! Feliz ano novo.
Abraços,
Psicóloga Thaiana