Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
Você já ouviu falar da gerascofobia?
Essa é uma fobia que consiste no medo irracional de envelhecer e que, portanto, está bastante associada aos padrões estéticos impostos pela sociedade.
Afinal, as pessoas estão cada vez mais obcecadas pela juventude e, para isso, recorrem a procedimentos estéticos cada vez mais invasivos.
Além disso, a gerascofobia também tem forte relação com o medo de ter a saúde física e a autonomia comprometidas com o envelhecimento.
Apesar de o termo não ser muito conhecido, essa fobia existe e é real! Neste artigo, vamos falar sobre ela e as formas de lidar com o medo exagerado de envelhecer. Confira!
O que é gerascofobia?
A gerascofobia consiste no medo irracional e exagerado de envelhecer. Assim como as outras fobias, ela é capaz de causar ansiedade no indivíduo quando esse imagina as possíveis transformações que sofrerá com o passar dos anos.
Dentre essas mudanças que incomodam, estão:
- Transformações físicas;
- Medo de perder a autonomia;
- Medo de viver em uma instituição de longa permanência;
- Medo de se tornar dependente de outras pessoas;
- Alterações na saúde, como o surgimento de doenças, etc.
Aqui, é importante saber que a gerascofobia não é um simples receio do futuro na terceira idade. Como mencionamos, ela causa crises de ansiedade e outras condições mentais e físicas, que serão vistas adiante.
O que causa a gerascofobia?
Não existem causas específicas para explicar a gerascofobia. Afinal, apesar de boa parte das pessoas temerem a chegada da terceira idade, isso não é suficiente para o desencadeamento de uma fobia.
Nesse sentido, acredita-se que a gerascofobia surge de uma combinação de fatores, como:
- Padrões de beleza impostos pela mídia que supervalorizam a juventude;
- Etarismo (discriminação baseada na idade);
- Medo do desconhecido;
- Evento traumático sofrido no passado;
- Medo de ficar sozinho;
- Existência de outras condições mentais, como ansiedade, depressão ou algum transtorno de personalidade.
Quais são os sintomas da gerascofobia?
Os sintomas da gerascofobia são muito similares aos outros tipos de fobias, como:
- Crises de ansiedade
- Medo irracional
- Isolamento social
- Alterações nos batimentos cardíacos
- Tremores
- Sudorese
- Dores de cabeça
- Náuseas e tonturas
- Dor ou aperto no peito
- Confusão mental
- Afastamento da realidade
- Realização de procedimentos estéticos exagerados para rejuvenescer
- Boca seca
- Ataque de pânico
Gerascofobia tem tratamento?
Sim, é possível tratar a gerascofobia por meio da psicoterapia. Nela, o psicólogo encorajará o paciente a enfrentar o seu medo. Apesar de doloroso no início, isso ajudará a reduzir ou eliminar os sintomas da fobia.
Além disso, o psicólogo pode tentar compreender a causa da gerascofobia, se é um trauma, por exemplo, para também tratá-la.
Além disso, o uso de medicamentos também pode ser indicado para aliviar os sintomas, como a ansiedade e a irritabilidade. Nesse caso, a prescrição deve ser realizada por um médico psiquiatra.
Como lidar com o medo exagerado de envelhecer?
Além da psicoterapia, existem outras formas de lidar com o medo de envelhecer, para, assim, preservar a saúde mental. Veja quais são elas a seguir!
1. Pesquise e se informe sobre a terceira idade
A falta de conhecimento contribui para o desenvolvimento não apenas da gerascofobia, como também de outras questões, como o etarismo.
Isso acontece porque a sociedade cria rótulos sobre o envelhecimento sem sequer ao menos saber se eles realmente estão condizentes ou não com a realidade.
Nesse cenário, ao se manter informado, é possível romper com falsas crenças e tabus sobre essa fase da vida.
2. Mantenha sua atenção e foco no presente
A gerascofobia surge pelo medo do que virá no futuro, bem como pela comparação com o passado. Na primeira situação, não é possível prever o que realmente acontecerá, logo, o indivíduo sofre por algo que não existe.
Já no caso do passado, o apego das lembranças da juventude pode trazer muita melancolia por algo que, obviamente, não voltará.
Portanto, o foco deve ser sempre o presente! Viver cada fase a seu tempo é o “segredo” para se manter bem consigo mesmo em qualquer fase da vida.
3. Não idealize a juventude
Pessoas que sofrem com o medo de envelhecer idealizam muito a juventude, como se ela fosse um período totalmente isento de problemas.
No entanto, todas as fases da vida, inclusive a juventude, possuem suas dores e delícias. Portanto, o ideal é não romantizar nenhuma delas, e muito menos criar objeções antes mesmo de vivenciá-las.
4. Pratique o autocuidado
Apesar de não ser possível prever o futuro, é plenamente possível desenvolver hábitos de autocuidado para aumentar as chances de ter um envelhecimento saudável. Isso envolve:
- Fazer atividade física;
- Cuidar da alimentação;
- Manter as consultas médicas e os exames em dia;
- Fazer terapia;
- Praticar algum hobby;
- Não fumar;
- Não beber em excesso;
- Não utilizar drogas ilícitas, etc.
Seguindo essas dicas, você estará cuidando de si, preservando a sua saúde física e mental e, dessa forma, semeando um avançar de idade leve e tranquilo.
5. Evite abusar de procedimentos estéticos
Não há problema algum cuidar do corpo e do rosto com procedimentos estéticos. Afinal, essa é também uma forma de autocuidado. Entretanto, o abuso dessas práticas é sim um grande problema, principalmente quando por trás dele existe o desejo de se manter sempre jovem.
Lembre-se de que a passagem de tempo não é nenhum demérito, muito pelo contrário. Envelhecer é uma dádiva e as marcas de expressão fazem parte desse processo.
Além disso, tenha claro na sua mente que o seu valor enquanto pessoa é muito maior do que a sua aparência. Portanto, trabalhe a aceitação e evite os exageros!
6. Faça amizade com pessoas de diferentes idades
Muitas vezes, o preconceito e o medo de envelhecer vem justamente da falta de contato com pessoas de diferentes grupos etários. É cultural uma espécie de segregação, que deve ser rompida para desmistificar muitas ideias.
Por isso, procure manter no seu círculo de amizade desde as pessoas mais novas até as mais velhas. Essa pluralidade permitirá que você quebre vários tabus e não se sinta sozinho em meio ao processo de envelhecimento.
7. Procure aprender coisas novas
Um dos tabus do envelhecimento é de que as pessoas mais velhas são desatualizadas, arcaicas e sem criatividade. Mas saiba que cabe apenas a você não estagnar no tempo. Ou seja, não é a idade que traz isso, são as pessoas que se acomodam.
Sendo assim, para fugir dessa perspectiva e desse rótulo, procure se manter em constante aprendizado. Para isso, explore novos lugares, vivencie experiências diferentes, aprenda um novo idioma, etc.
O mais importante é não perder o desejo de querer aprender e ser sempre uma pessoa melhor, independentemente da idade que você tenha.
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Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 06/205788Formação: A psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...