Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
Segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), 85% das pessoas com obesidade afirmaram que já sentiram preconceito pelo excesso de peso.
Nesse sentido, os números mostram que, infelizmente, a gordofobia está presente de forma massiva na sociedade e pode trazer consequências psicológicas graves para as pessoas que passam por essa situação.
Assim, tendo em vista a relevância deste tema, preparamos este conteúdo para falar sobre a gordofobia, seus impactos e as formas de enfrentamento. Boa leitura!
O que é a gordofobia?
A gordofobia consiste na discriminação contra as pessoas que estão acima do peso considerado como “ideal”. Isto é, pessoas que estão fora dos padrões estéticos, mesmo aquelas que não sejam consideradas clinicamente como obesas.
Esse preconceito pode se manifestar de diferentes formas, como:
- Atitudes como humilhação, agressividade e hostilidade;
- Diferenciação de oportunidades e tratamentos;
- Comentários como “Você é tão bonita de rosto!”;
- Comentários ofensivos;
- Exclusão social;
- Disseminação da ideia de que corpos gordos não são saudáveis.
Portanto, existem diversas faces da gordofobia que, muitas vezes, passam despercebidas, uma vez que já foram naturalizadas na sociedade.
Vale dizer que os gordofóbicos criam rótulos e estereótipos sobre os corpos gordos e ainda acreditam que as pessoas com sobrepeso e gordas estão naquela condição porque querem, por uma falta de vaidade, por exemplo.
Felizmente, já existem movimentos sociais que problematizam esse preconceito. Prova disso é que no dia 10 de setembro é celebrado, no Brasil, o Dia Nacional de Combate à Gordofobia.
Gordofobia é crime?
Não, a gordofobia ainda não é considerada como crime no Brasil. No entanto, ela pode ser enquadrada em outras leis, como ofensa ou injúria.
Além disso, dentro de ambientes de trabalho, essa discriminação pode ser interpretada como assédio moral, por exemplo.
Nesse sentido, mesmo sem ainda haver uma lei específica para a gordofobia, essa pode sim ser punida.
Quais são as consequências da gordofobia?
Assim como os outros tipos de discriminação, a gordofobia também é capaz de causar sérios impactos psicológicos na vida da vítima. E isso vale tanto para as crianças quanto para os adultos que sofrem com essa questão.
Nesse sentido, listamos a seguir algumas das principais consequências para que seja possível compreender a gravidade do problema!
Baixa autoestima
A baixa autoestima é um dos principais e mais nítidos impactos da gordofobia. Afinal, a vítima não consegue ter uma percepção positiva sobre si diante de tantos comentários negativos e situações constrangedoras pelas quais passa.
Isso faz com que ela crie uma autoimagem negativa e acredite que o mundo não foi feito para si e para o seu corpo. Como veremos adiante, essa é uma questão que, consequentemente, pode desencadear diversas outras condições psicológicas.
Dificuldade de autoaceitação
Com uma baixa autoestima, a tendência é que a pessoa tenha dificuldades para se aceitar e para desenvolver o amor-próprio.
Isso significa que ela não consegue se amar plenamente, com suas qualidades e defeitos, conquistas e falhas.
Essa falta de autoaceitação, por sua vez, contribui para a permanência de um ciclo vicioso com a autoestima, que tende a ficar cada vez menor.
Isolamento
O medo constante de vivenciar atos gordofóbicos faz com que a vítima prefira se isolar. Inclusive, não é incomum o desenvolvimento da fobia social.
Ou seja, diante de tanta exposição e ataques, o indivíduo entra em um processo solitário. Muitas vezes, ele pode até mesmo evitar o contato com pessoas próximas, como amigos e familiares.
Ansiedade
A ansiedade quase sempre vem como consequência de algo que não vai bem. E no caso da gordofobia, ela também pode surgir ou se intensificar.
Nesse sentido, é comum que a vítima se transforme em uma pessoa ansiosa, especialmente quando precisa se relacionar com outras pessoas, como no trabalho ou na escola.
Dessa forma, ela tende a imaginar situações de preconceito constantemente, o que aumenta a ansiedade e dificulta a realização de tarefas simples, do cotidiano.
Depressão
Assim como a ansiedade, outra condição psicológica que pode ser desenvolvida por quem sofre a gordofobia é a depressão.
E, como sabe-se, se essa questão não for devidamente tratada, pode fazer com que a vítima atente contra a própria vida.
Transtornos alimentares
Na tentativa de atender aos padrões estéticos impostos pela sociedade e não sofrer mais o preconceito, o indivíduo pode desenvolver transtornos alimentares, como a bulimia, por exemplo.
Vale dizer que essa é uma questão que, além de indicar um impacto grave psicológico, também pode trazer sérias consequências para a sua saúde física.
Comportamentos de risco
Além dos transtornos alimentares e das práticas nutricionais erradas, a vítima também pode desenvolver comportamentos de risco como uma forma de fuga, com o tabagismo e o alcoolismo.
Tudo isso pode agravar os problemas de ordem mental e emocional e, obviamente, também comprometer as questões físicas.
Como enfrentar a gordofobia?
O enfrentamento da gordofobia é uma questão social. Isso significa que é necessário que haja uma ruptura com os padrões de pensamento e comportamento da sociedade para que esse preconceito, assim como outros, deixem de existir.
Entretanto, pensando de forma individual e imediata, a vítima da gordofobia pode (e deve!) desenvolver algumas medidas para evitar que as consequências que mencionamos aqui sejam desenvolvidas na sua vida.
Nesse sentido, é preciso:
1. Fortalecer a autoestima
Sabemos que fortalecer a autoestima quando se sofre um preconceito pela questão estética é muito difícil. No entanto, é muito importante cuidar desse ponto, pois a autoestima é justamente a visão e o conceito que você tem sobre si mesmo.
Sim, é necessário se empoderar e reconhecer todas as suas qualidades. É você quem precisa se amar e se exaltar antes de qualquer pessoa.
Portanto, trabalhe a autoafirmação e construa um relacionamento positivo consigo mesmo. Essa é a principal arma para não se deixar impactar pelas críticas dos outros.
2. Praticar o autoconhecimento
O autoconhecimento é o ponto-chave para que você consiga fortalecer a sua autoestima e preservar a sua saúde mental em meio às adversidades.
Afinal, essa prática permite que você reconheça suas qualidades e defeitos, falhas e conquistas e, principalmente, os seus limites.
Nesse sentido, ao se conhecer melhor, é possível se autoafirmar e desenvolver a inteligência emocional para lidar com a gordofobia e outras questões.
3. Desenvolver o autocuidado
Quando falamos de autocuidado, não estamos nos referindo a questões estéticas, mas sim à questão emocional. Ou seja, cuide-se para se preservar das situações de discriminação.
Aqui, vale evitar o convívio com pessoas que te menosprezam. Ou seja, cuide do seu redor, procurando se cercar de indivíduos positivos e que te exaltam.
Outra forma de desenvolver o autocuidado é por meio da terapia. Nela, você aprenderá estratégias para lidar com situações adversas, como a gordofobia, e também para desenvolver todos os outros pontos que mencionamos anteriormente.
Portanto, lembre-se que o seu autocuidado começa pela sua saúde mental!
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