
Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788

A Síndrome de Munchausen é um distúrbio psicológico raro e complexo em que o indivíduo simula ou até provoca sintomas de doenças para atrair atenção.
Assim, quem sofre desse transtorno busca constantemente consultas e tratamentos, muitas vezes sem uma real necessidade, o que pode confundir profissionais de saúde.
Neste artigo, exploraremos as causas, os sintomas e as possibilidades de tratamento para essa condição desafiadora. Boa leitura!
O que é a Síndrome de Munchausen?
A Síndrome de Munchausen é um transtorno psicológico caracterizado pelo comportamento compulsivo de simular ou induzir doenças em si.
Diferente de outras condições de saúde mental, ela envolve a manipulação consciente de sintomas, seja por exagero ou criação de histórias sobre sintomas inexistentes, com o único objetivo de obter suporte emocional e médico.
Dessa forma, essa síndrome se destaca pelo nível de complexidade, pois a pessoa sabe que está fingindo, mas não consegue evitar, e é comum buscar múltiplos médicos para manter a aparência de uma condição real.

Qual é a diferença entre Síndrome de Munchausen e a Síndrome de Munchausen por procuração?
A principal diferença entre a Síndrome de Munchausen e a Síndrome de Munchausen por Procuração está no alvo dos sintomas fabricados:
- Síndrome de Munchausen: Nesta condição, a própria pessoa simula, exagera ou provoca sintomas em si mesma, buscando cuidados médicos e atenção. Assim, o paciente conscientemente finge estar doente ou se machuca para receber apoio, sem envolver outros diretamente.
- Síndrome de Munchausen por procuração: Aqui, o indivíduo (geralmente um cuidador ou parente, como a mãe) fabrica ou causa sintomas em outra pessoa, que costuma ser vulnerável e incapaz de se defender, como uma criança, idoso ou pessoa com deficiência. O objetivo é receber atenção e elogios pelo cuidado que aparentemente oferece, enquanto a vítima sofre repetidas hospitalizações e procedimentos médicos desnecessários.
O que causa essa condição?
Dessa forma, algumas das causas mais comuns incluem:
- Histórico de traumas na infância: Pessoas que sofreram abusos físicos, emocionais ou negligência, especialmente na infância, podem desenvolver comportamentos manipulativos e uma necessidade de atenção constante.
- Experiências médicas passadas: Alguns pacientes podem ter passado por doenças reais ou traumas médicos, o que pode ter levado a associações psicológicas entre o estado de doente e a atenção recebida.
- Distúrbios de personalidade: Transtornos de personalidade, como o de borderline e o narcisista, são comportamentos de busca excessiva de atenção e manipulação, o que pode agravar os sintomas da síndrome.
- Baixa autoestima e necessidade de validação: Muitas pessoas com essa condição possuem uma autoestima fragilizada e buscam compensação na atenção e no cuidado médico, o que gera um ciclo de comportamentos de autossabotagem.
- Desejo de controle: Em alguns casos, simular doenças dá ao indivíduo uma sensação de controle sobre os outros e sobre o ambiente, além de criar um espaço em que se sente “especial” ou digno de atenção.
Esses fatores combinados contribuem para uma necessidade compulsiva de buscar ajuda médica e de manipular a percepção dos outros, o que transforma a Síndrome de Munchausen em um transtorno complexo e difícil de tratar.
Quais são os sintomas da Síndrome de Munchausen
Os sintomas da Síndrome de Munchausen variam, mas geralmente envolvem:
- Fabricação ou exagero de sintomas: A pessoa pode fingir dores, febres, vômitos, ou outros sintomas físicos e psicológicos, ou exagerar problemas de saúde leves para torná-los mais graves.
- Histórico médico inconsistente: O paciente costuma ter histórias confusas ou incoerentes sobre seu estado de saúde, que mudam conforme questionamentos dos médicos.
- Frequentes hospitalizações e consultas médicas: A pessoa visita múltiplos médicos e hospitais, geralmente em cidades diferentes, para evitar ser reconhecida ou confrontada. Esse comportamento é chamado de “doctor shopping”.
- Recusa em permitir contato com familiares ou amigos: Para evitar que alguém revele a verdade sobre seu estado de saúde, o paciente geralmente impede que os médicos entrem em contato com conhecidos.
- Desenvolvimento de sintomas após exames negativos: Caso um exame ou avaliação não mostre uma doença, a pessoa pode apresentar novos sintomas rapidamente para manter a percepção de que está doente.
- Autolesões e indução de sintomas: Em alguns casos, a pessoa pode se machucar intencionalmente, como cortar-se ou ingerir substâncias, para manifestar sintomas reais ou lesões visíveis.
Esses sintomas geralmente indicam um padrão compulsivo, em que o indivíduo sente necessidade de continuar fabricando doenças, mesmo que isso lhe cause sofrimento ou prejuízos.
Essa repetição torna a Síndrome de Munchausen um transtorno desafiador, que requer intervenções psicológicas intensivas para reduzir o comportamento.
Como a Síndrome de Munchausen é diagnosticada e tratada?
A Síndrome de Munchausen é diagnosticada e tratada por profissionais de saúde mental em conjunto com médicos, dado seu comportamento manipulativo.
Assim, o diagnóstico envolve uma análise detalhada do histórico médico, procurando inconsistências e recorrência de hospitalizações.
Além disso, exames são realizados para descartar doenças reais, e um psiquiatra pode fazer uma avaliação psicológica, observando sinais de manipulação ou busca compulsiva por atenção.
Como os pacientes comumente não reconhecem o problema, o diagnóstico requer observação cuidadosa e colaboração de familiares, caso o paciente permita.
Por fim, o tratamento consiste principalmente em psicoterapia, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), que ajuda o paciente a entender e reduzir comportamentos prejudiciais.
Como lidar com uma pessoa com Síndrome de Munchausen?
Lidar com a Síndrome de Munchausen exige compreensão, paciência e apoio especializado. Então, algumas estratégias mais comuns são:
Evite julgamentos diretos
Evitar julgamentos diretos é fundamental ao lidar com a Síndrome de Munchausen, pois confrontos agressivos podem aumentar a resistência do paciente ao tratamento.
Portanto, em vez disso, é importante adotar uma abordagem empática e não confrontadora, oferecendo apoio emocional e incentivando a pessoa a buscar ajuda profissional, sem reforçar comportamentos manipulativos.
Estabeleça limites claros
Estabelecer limites claros envolve definir expectativas sobre o comportamento aceitável e comunicar de forma firme, mas gentil, que comportamentos manipulativos, como a busca excessiva de atenção médica, não serão reforçados.
Ao mesmo tempo, é importante oferecer apoio emocional e encorajar o paciente a buscar tratamento adequado, criando um ambiente que não favoreça a simulação de doenças, mas que ainda promova o bem-estar psicológico e emocional.
Promova apoio social
Promover apoio social é uma estratégia eficaz no tratamento da Síndrome de Munchausen, pois fortalece a autoestima e reduz a necessidade de buscar atenção.
Portanto, envolver o paciente em atividades sociais, mesmo em interesses fora do ambiente médico ajuda a criar um senso de pertencimento.
Busque ajuda profissional
Buscar ajuda profissional é essencial no tratamento da Síndrome de Munchausen. Isso porque psicólogos e psiquiatras usam abordagens específicas com o intuito de modificar comportamentos.
Além disso, o acompanhamento médico também é importante para evitar diagnósticos errados. Lembre-se de que o tratamento adequado ajuda o paciente a lidar com emoções e a evitar simulações de doenças.
Como vimos, a Síndrome de Munchausen é um transtorno psicológico complexo que exige diagnóstico cuidadoso e tratamento especializado.
Portanto, com o tratamento adequado, é possível ajudar o paciente a superar comportamentos manipulativos e desenvolver formas mais saudáveis de buscar apoio e atenção.
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Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 06/205788Formação: A psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...















