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Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), estima-se que entre 5% e 8% da população mundial tenham o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, o TDAH. Isso significa que muitas pessoas podem conviver em casa, na escola ou no trabalho com indivíduos que tenham essa condição.
Nesse sentido, é essencial saber como estabelecer esse convívio, não apenas para oferecer o suporte que elas precisam, como também para manter uma relação mais saudável.
Por isso, neste artigo, trouxemos algumas dicas para te ajudar a lidar com pessoas diagnosticadas com o TDAH, sejam elas crianças ou adultos. Confira!
O que é TDAH?
O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, ou simplesmente TDAH, é um transtorno neurobiológico que tem como características a desatenção, a impulsividade e a inquietação (hiperatividade).
As causas dessa condição podem ser:
- Genéticas: quando um ou ambos os pais possuem essa condição.
- Biológicas: quando o indivíduo nasce com algumas alterações na estrutura do cérebro.
- Ambientais: fatores externos durante a gestação ou durante a infância que contribuem para o seu desenvolvimento.
É recomendado que o diagnóstico aconteça entre os 4 e 6 anos de idade da criança, uma vez que os sinais começam a surgir a partir dos 3 anos.
No entanto, sabe-se que muitos indivíduos chegam à fase adulta sem o seu diagnóstico, o que atrapalha a sua vida em diversas áreas.
Como as pessoas diagnosticadas com TDAH se comportam?
De forma geral, as pessoas com TDAH possuem dificuldades para se concentrar e prestar atenção, além de serem impulsivas e excessivamente ativas.
No entanto, além desses principais sinais, existem alguns outros comportamentos que elas possuem, como:
- Distraem-se facilmente com estímulos externos
- Possuem dificuldade para manter o foco
- Se entendiam facilmente
- Perdem ou esquecem objetos com facilidade
- Falam incessantemente
- Mantêm-se em atividade constante
- Mexem as mãos e os pés com frequência
- Possuem dificuldade para se organizar
- Interrompem a fala dos outros
- Não costumam escutar quando alguém se dirige a eles
- Encontram dificuldades para controlar a raiva
- Não conseguem concluir as tarefas diárias
- Costumam ser impacientes
- Podem ter dificuldades para construir e manter amizades
Obviamente, uma mesma pessoa não necessariamente terá todas as características listadas anteriormente. Até mesmo porque existem três tipos de TDAH, sendo que em cada um há a prevalência de sinais específicos.
No entanto, listamos aqui alguns dos principais comportamentos que você pode se deparar caso conviva com uma pessoa com esse transtorno.
7 dicas para lidar com pessoas diagnosticadas com TDAH
A experiência de conviver com uma pessoa diagnosticada com TDAH é singular. Afinal, é possível experienciar momentos incríveis e aprender muito com essa troca.
No entanto, o convívio muitas vezes pode ser desafiador. Isso porque alguns comportamentos do indivíduo podem te irritar e dificultar o estreitamento do vínculo. Ademais, você pode querer ajudá-lo, mas não saber exatamente como fazer isso.
Dessa forma, trouxemos algumas dicas que podem te orientar a lidar e a conviver melhor com uma pessoa diagnosticada com TDAH, seja um familiar, um amigo ou um colega de profissão. Veja só!
1. Seja paciente
O primeiro passo é ser paciente com as pessoas com TDAH. Esse é um exercício que deve ser constante, principalmente porque os indivíduos com essa condição costumam se esquecer dos compromissos, se atrasarem e terem dificuldades para se concentrar.
Por causa disso, é comum que colegas de trabalho e de escola, professores, pais e amigos sejam pouco pacientes a cada equívoco cometido pela pessoa com TDAH.
Entretanto, é muito importante ser empático, compreender que muitas falhas não são propositais e, a partir disso, exercitar a paciência.
2. Esteja disponível
Procure estar sempre disponível para que a pessoa com TDAH possa encontrar liberdade de se abrir com você e se expressar sobre seus medos e angústias.
Quem possui esse transtorno, costuma se sentir inseguro, acreditando que pode não dar conta de um novo projeto ou emprego, por exemplo.
Por isso, sendo você um amigo, pai, mãe ou até um chefe, aprenda a dar abertura para que o indivíduo possa se sentir seguro e acolhido no espaço em que estiver.
3. Se informe sobre o TDAH
Assim como outras condições, o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade também costuma ser rodeado de mitos e estigmas. Isso, naturalmente, interfere no processo de aceitação e socialização do indivíduo que o detém.
Portanto, se você sabe que em seu ciclo existe alguém que possui o TDAH, procure se informar sobre ele. Pesquise mais a fundo para compreender quais são os seus sintomas e como ele afeta a organização, o foco, a atenção e a impulsividade da pessoa.
Essa é uma forma de você se tornar mais empático e se preparar para lidar com possíveis situações adversas que possam surgir.
4. Planeje atividades com antecedência
Considerando que um dos problemas do TDAH é justamente a falta de organização, então é importante que o indivíduo consiga se programar o quanto antes para a realização de tarefas, como na escola ou no trabalho, por exemplo.
Sendo assim, se você é pai, professor ou chefe de alguém que possua esse transtorno, procure planejar as atividades que ele deve realizar com antecedência. Além disso, se for possível, estabeleça algumas rotinas para o indivíduo seguir.
Tudo isso o ajudará a gerenciar melhor o seu dia a dia e, assim, contar com uma boa organização, o que pode auxiliar na redução dos sintomas.
5. Foque nas qualidades da pessoa com TDAH
Ao invés de focar nos pontos negativos da pessoa com TDAH, como a desorganização e a impulsividade, foque nas suas qualidades, como a sua criatividade e energia.
Essa é uma atitude que poderá melhorar consideravelmente a relação entre vocês e o convívio, assim como reduzir as possíveis desavenças pelo jeito de ser do indivíduo.
6. Incentive o indivíduo a ter persistência
Para uma pessoa que tem o TDAH, todo e qualquer apoio e incentivo é de grande valia para que ela não desista em meio aos obstáculos que possam surgir.
Nesse sentido, incentive-a a alcançar seus objetivos e trabalhe a sua autoestima. Para isso, elogie as suas qualidades, suas conquistas e seus esforços. Também mostre a ela tudo aquilo que ela é capaz de alcançar e todos os feitos que já conseguiu.
Esse suporte é muito necessário, sobretudo quando parte daqueles que estão no dia a dia do indivíduo.
7. Encoraje-o a buscar ajuda profissional
Confira no nosso guia completo sobre psicólogo e psicoterapia. Nele você encontrará dicas do que considerar na escolha do seu psicólogo.
O acompanhamento psicológico pode ser muito eficiente para quem sofre com o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, porém muitos indivíduos têm receio de iniciar a terapia.
Se esse for o caso da pessoa que está próxima de você, encoraje-a a buscar ajuda profissional. Mostre-a que as sessões de terapia podem amenizar os seus sintomas, além de contribuírem para o seu autoconhecimento e autoestima.
Vale dizer que esse diálogo e encorajamento pode ser muito útil para que ela se sinta disposta e motivada a melhorar a sua qualidade de vida com a ajuda da terapia!
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Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 12/13314Formação: Franciane Bortoli é psicóloga há 12 anos, graduada em Psicologia pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó. Especialista em Terapias Cognitivo-Comportamentais pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó – UNOCHAPECÓ. Possui Formação em Avaliação Psicológica no Núcleo Médico...