Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019
A depressão infantil é um assunto sério que deve ser tratado com cautela. Pode-se pensar que é impossível que seres tão enérgicos e alegres possam ter depressão, mas as crianças também estão sujeitas a desenvolverem condições emocionais e psicológicas graves.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que o transtorno depressivo é o principal impedimento da realização de atividades do dia a dia entre crianças e adolescentes. Ou seja, a conduta supostamente “preguiçosa” da criança pode revelar uma redução preocupante do seu bem-estar emocional.
Importância de reconhecer os sintomas da depressão infantil
As crianças ainda não conseguem expressar sentimentos complexos por meio de palavras, dificultando a identificação de incômodos emocionais.
Como a sua capacidade cognitiva e vocabulário ainda estão em fase de desenvolvimento, elas têm dificuldade para compreender as mudanças causadas pelos sintomas da depressão. Dessa forma, preferem se expressar por meio de condutas incomuns e queixas de desconfortos físicos.
A princípio, as repentinas alterações em seu comportamento podem ser confundidas com acessos de birra ou manha. Diferente desses momentos de descontrole emocional, no entanto, essas condutas inabituais não desaparecem.
A depressão é caracterizada por uma tristeza contínua que gradualmente causa desordem no organismo do indivíduo depressivo. É por isso que tanto o seu bem-estar emocional quanto a sua saúde física é afetada.
Logo, se a criança está amuada há um tempo, é provável que precise ir ao médico e ao psicólogo para investigar o estado da sua saúde mental e física.
Caso os sintomas não sejam notados ou confundidos com “preguiça” e “má educação”, eles podem se agravar e trazer mais sofrimento para a criança. Ela pode chegar à adolescência deprimida, tornando-se uma pessoa melancólica e apática.
Portanto, é essencial que os pais levem os sintomas a sério e investiguem a sua origem. Alguns sinais comuns da depressão também estão presentes em outras patologias. A distinção entre eles somente pode ser feita por profissionais.
Se os exames médicos não apontarem nenhuma alteração física, os pais podem levar o filho ao psicólogo para fazer o diagnóstico da depressão.
Quais os sintomas da depressão infantil?
Os sintomas que acometem as crianças são semelhantes aos vivenciados por adultos, com exceção de sua intensidade. Crianças choram, gritam e ficam vermelhas de raiva com mais facilidade, pois ainda não estão no controle total de suas emoções.
Além disso, não foram ensinadas a guardar sentimentos negativos para aparentar estar sempre dispostas e contentes. Então, não veem problemas em expressá-los da maneira mais intensa possível.
Entretanto, algumas crianças podem simplesmente ficar isoladas e quietas, recusando-se a interagir com amiguinhos. A ansiedade também é presente, especialmente quando precisam ficar longe dos pais.
Em outras palavras, a forma como os sintomas são sentidos varia de criança para criança. Essa característica torna a necessidade de observação dos pais e familiares mais importante. Pensando nisso, separamos oito sintomas comuns da depressão infantil.
Um dos critérios para se atentar é a frequência deles. Se manifestarem-se com frequência, como durante dias ou semanas seguidas, podem ser sinais da depressão.
1. Falta de vontade para brincar
A maioria das crianças gosta de atividades e brincadeiras que gastem energia. Algumas podem expressar maior interesse por formas de entretenimento mais tranquilas, como jogar vídeo game ou desenhar. No entanto, é consenso que as crianças adoram se divertir com suas atividades de interesse.
A criança depressiva perde a vontade de brincar com brinquedos e amiguinhos. Ela reclama que está sempre cansada, preferindo ficar em casa assistindo TV ou dormindo. Esse comportamento não é comum para uma criança cheia de energia.
2. Crise de choro
Toda criança chora.
Chora por ter caído, por ter se machucado, por estar cansada ou por ter se frustrado em uma brincadeira. Como este é um comportamento intrínseco dos pequenos, pode ser difícil para os pais distingui-los de crises de choro patológicas.
A crise de choro acontece repentinamente e é acompanhada de outros sintomas, como medo irracional, tremores no corpo e taquicardia. Para ser considerado preocupante, o choro ou a vontade de chorar deve ocorrer por, pelo menos, 10 dias consecutivos.
3. Ausência de apetite
A maioria dos pais passa por momentos complicados enquanto tentam tornar os alimentos atraentes para os filhos pequenos. É normal encontrar relutância ocasional na hora das refeições, especialmente quando se tratam de alimentos saudáveis.
Quando a criança não deseja se alimentar ou come apenas algumas colheradas para agradar os pais, pode ser um sinal de depressão infantil. A ausência de pedidos de lanches no decorrer do dia é o outro indicativo alarmante.
4. Medo de interagir com outras pessoas e crianças
A criança com medo excessivo de interagir ou de ficar perto de outros adultos ou crianças também pode estar depressiva.
Não importa o quanto os pais tentem agendar encontros para o filho brincar com filhos de amigos ou levá-lo ao parquinho do bairro, ele não mostra interesse. Quando se encontra nesses contextos sociais, fica ansioso, chora e reclama que quer ir embora.
5. Hábitos noturnos inapropriados
A depressão infantil pode dar início a uma série de hábitos inadequados no momento do descanso noturno: ficar na cama por um período longo quando acorda, se recusar a se levantar após o despertar, preferir permanecer na cama durante o dia e tirar muitos cochilos diurnos.
O cenário contrário também é comum. A criança depressiva tem insônia com frequência e, consequentemente, fica sonolenta e fatigada durante o dia. Os seus hábitos ruins, desenvolvidos devido à depressão, corroboram para péssimas noites de sono.
6. Irritabilidade sem motivo
A criança depressiva se irrita sem motivo aparente. Os ataques de raiva surgem durante brincadeiras e interações com amiguinhos, na hora das refeições, na execução de atividades diárias, entre outras situações comuns do cotidiano.
A irritabilidade súbita pode deixar os pais confusos. Quando questionam a criança, ela não consegue expressar exatamente porque está brava.
7. Queda no rendimento escolar
A queda repentina do desempenho escolar pode sugerir a presença de uma variedade de condições. Problemas na aprendizagem, transtornos de conduta, hiperatividade, ansiedade, depressão, bullying…
Portanto, quando os pais notarem uma redução significativa do rendimento da criança, precisam considerar a influência de outros elementos. Brigar com ela por não estar indo bem na escola pode deixá-la ainda mais desanimada. Assim, é recomendado levá-la a um psicólogo para averiguar a situação.
Além de notas baixas, os pais podem perceber os seguintes comportamentos: desinteresse pelos estudos, não querer ir à escola, perder materiais escolares constantemente, inventar histórias para ficar em casa e não fazer a tarefa ou não ser caprichoso com trabalhos. Ser chamado para conversar com professores com frequência também é um sinal.
8. Reclamação de dores corporais
É comum indivíduos depressivos terem enxaquecas, dores abdominais, desconforto na lombar, entre outros pequenos incômodos físicos. A criança pode se queixar de dores frequentemente e não ter uma explicação plausível para elas, como ter caído enquanto brincava.
A quantidade elevada de queixas pode levar os pais a acreditarem que o filho ou está muito doente ou está fingindo para escapar de compromissos. Na verdade, as dores sentidas na depressão não estão ligadas a ferimentos, mas, sim, a maior sensibilidade à dor.
Esta, por sua vez, é causada pelo mau funcionamento de substâncias cerebrais, como a serotonina e a dopamina. É por isso que a criança reclama sem estar doente ou machucada. Para anular a possibilidade de doenças, contudo, é aconselhado levá-la ao médico.
Qual é o próximo passo?
Se você identificou alguns desses sintomas em seu filho, o passo seguinte é agendar uma consulta com um psicólogo para que um diagnóstico seja feito. Na primeira consulta, compartilhe as suas preocupações e observações para ajudar o profissional a compreender a situação.
Os pais podem receber uma resposta definitiva somente após algumas consultas. Os sintomas de depressão por vezes são semelhantes aos de outros transtornos característicos dessa faixa etária, como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e transtornos de conduta variados.
O profissional pode precisar de mais de uma consulta para observar o comportamento da criança e chegar a um diagnóstico conclusivo.
O tratamento da depressão infantil é feito através da psicoterapia. A abordagem psicológica utilizada com as crianças é a ludoterapia, que analisa padrões de comportamento e as emoções dos pequenos através do brincar. Durante as sessões, a criança engaja em múltiplas atividades lúdicas, como jogos e desenhos.
Em alguns casos, pode ser necessário aliar a ingestão de medicamentos psiquiátricos para conter os sintomas mais desagradáveis. Se houver essa necessidade, os pais serão comunicados de imediato.
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