Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019
Você é um bom comunicador ou sabe no que consiste um bom comunicador? A comunicação efetiva pode ser desafiadora para algumas pessoas, principalmente em certos ambientes sociais.
No trabalho e na faculdade, por exemplo, é preciso saber passar informações com clareza tanto para evitar discórdias quanto para criar vínculos sinceros.
Já nos relacionamentos, a comunicação tem múltiplos papeis importantes, como tornar sentimentos evidentes, resolver conflitos e compartilhar fardos durante momentos difíceis.
Algumas pessoas não têm noção de que possuem dificuldade para se expressar (se atrapalham na hora de falar sobre certos assuntos, dão instruções contraditórias e omitem informações essenciais para o entendimento) e se surpreendem quando percebem que não são compreendidas.
Você não precisa ser um comunicador profissional, mas, sim, saber usar essa habilidade quando necessário. Além de ser muito vantajosa, ela também aumenta a sensação de autoconfiança e a autoestima.
Afinal, você aprende que consegue resolver os seus impasses sem problemas e através do diálogo.
A importância da comunicação para a vida
Saber se comunicar com assertividade e clareza é a chave para o sucesso de qualquer relacionamento, desde relações afetivas até profissionais.
A comunicação leva à compreensão mútua, além de ser uma fonte de expressão de sentimentos e incômodos.
Uma pessoa que possui dificuldade para se comunicar pode encontrar diversos problemas no dia a dia, como discussões entre familiares e cônjuges, mal-entendidos no trabalho e decisões tomadas com base em pressões alheias.
A frustração por não conseguir articular as suas opiniões como gostaria também costuma ser um sentimento comum em quem tem dificuldade para se comunicar.
O indivíduo pode acreditar que ficar em silêncio é melhor para ele e os outros.
Mas não é bem assim. Todos possuem o direito de se expressar (com respeito), e não precisam se acanhar diante dos demais.
A comunicação efetiva é determinada pela capacidade de atingir seus objetivos.
Por exemplo, se você precisa passar instruções para um colega no trabalho, os seus objetivos são fazê-lo compreender o passo a passo e apresentar um resultado conforme as direções, certo?
É claro que o seu colega pode não compreender as instruções e, por não saber como expressar sua incompreensão, cometer erros.
Nesta situação, um bom comunicador questiona as dúvidas do outro e refaz a explicação com paciência.
Ou seja, saber se comunicar bem também significa saber ouvir!
Essas são as duas ferramentas essenciais para o diálogo respeitoso e claro: comunicação e escuta. Há, ainda, outras características que tornam alguém um bom comunicador.
Características de um bom comunicador
Um bom comunicador é formado por várias características que facilitam o diálogo e a construção de relacionamentos. Entre elas estão:
- Flexibilidade;
- Escuta;
- Paciência;
- Saber adaptar a mensagem conforme quem ouve;
- Confiança;
- Transparência;
- Simplicidade;
- Clareza e precisão;
- Empatia; e
- Demonstrar interesse no ouvinte.
Não é fácil dominar essa habilidade.
Por mais que passamos milhares de horas de nossas vidas falando, conversar é bem diferente de se comunicar em uma situação específica, como numa apresentação, num evento profissional ou até numa conversa mais séria com uma pessoa querida.
Pessoas tímidas e ansiosas tendem a ter mais dificuldade para organizar os pensamentos e falar o que pensam por medo, vergonha e nervosismo. Então, normalmente precisam praticar.
Sim, praticar!
A comunicação é uma habilidade socioemocional, assim como a empatia e a paciência.
Ela pode ser desenvolvida através de prática. Se não fosse assim, não teríamos fonoaudiólogos, cursos de oratória e clubes de debate em escolas/faculdade!
Como ser um bom comunicador?
Em seguida, reunimos sete dicas para ajudar você a se tornar um comunicador melhor. Elas são voltadas tanto para conversas do dia a dia quanto para outros contextos em que falar em público é necessário.
1. Aprenda a ouvir
Como dito, para ser um bom comunicador, você precisa primeiro ser um bom ouvinte. Aprenda a escutar as pessoas sem fazer pré-julgamentos e manter expectativas, somente as escute. Do mesmo modo, procure não interrompê-las.
O ideal é manter atenção total no que está sendo dito para que o outro não pense que você não se importa, de fato, com o que ele fala.
Essa dica é especialmente importante para relacionamentos de muitos anos, em que conflitos ‘por falta de escuta’ costumam acontecer.
2. Não se sinta mal com o silêncio
Grande parte das pessoas se sente desconfortável no silêncio. Quando não há nada sendo dito entre dois ou mais indivíduos em um contexto social, essas pessoas acreditam que precisam preencher o vazio com palavras.
O silêncio se tornou sinônimo de tédio, inadequação e desconforto quando, na verdade, é uma parte natural do diálogo.
Algumas pessoas têm dificuldade para puxar assunto e sustentar uma conversa por muito tempo ou não conseguem se sentir confortáveis com quem não conhecem bem.
Já outras são consoladas pelo silêncio, mas, como quem está com elas não sabe disso, pode sentir necessidade de falar sem parar.
Não há nada de errado em ficar em silêncio se você é um desses indivíduos, ok?
Permita que a conversa transcorra organicamente. Interações forçadas podem acabar passando uma imagem errada sobre você.
3. Se precisar, repita
Não tenha medo de pedir para que os outros repitam instruções, explicações ou somente frases durante conversas casuais.
O nervosismo pode tomar conta neste momento, principalmente dos ansiosos e fóbicos, e tentar dizer a eles que não devem incomodar os demais com esse requisito.
Mas como você terá uma conversa coerente se não compreender o que foi dito, não é verdade?
Da mesma forma, não se sinta mal ao ser solicitado para repetir alguma coisa. Aproveite esse momento para se certificar de que o ouvinte não encontrou dificuldade na compreensão das suas palavras.
4. Esclareça todas as dúvidas
A ansiedade também interfere na comunicação quando o ansioso quer esclarecer dúvidas. Com medo de parecer inconveniente ou “lerdo”, ele não faz os questionamentos pertinentes e permanece sem entender.
Para que a comunicação seja efetiva, ela precisa ser clara e livre de duplos sentidos, os quais abrem espaço para atritos e dúvidas. Então, se não entender alguma coisa, peça para ser esclarecido.
Quando você é o comunicador, pergunte aos ouvintes se eles possuem alguma dúvida.
Geralmente, essa indagação é feita quando novas informações são repassadas, pois as pessoas levam tempo para absorvê-las. Lembre-se disse quando fizer uma apresentação ou ministrar uma aula.
5. Tenha confiança ao falar
A confiança é essencial para a comunicação efetiva. Bons comunicadores são confiantes.
Eles dominam os detalhes do assunto abordado, sabem responder perguntas e tem ciência da melhor maneira de conduzir o tema. Essa confiança é conquistada mediante a prática da comunicação e do estudo.
Sempre que você precisar falar sobre um tópico que não domina, estude e apresente-o para si mesmo, familiares e amigos.
Peça para seus entes queridos servirem de laboratório para que você melhore as suas habilidades de comunicação.
Aproveite também oportunidades para falar em público. O seu instinto inicial pode ser querer fugir dessas situações, mas elas são ótimas mentoras.
Aceite o convite para fazer apresentações e palestras, mesmo que tenha medo. Aos poucos, você construirá essa confiança na fala.
6. Esteja presente na conversa
Não há nada mais desagradável do que conversar com alguém que parece não estar prestando atenção.
É normal hoje utilizarmos o celular enquanto falamos com alguém, mas tente limitar o uso para dar atenção ao outro.
Muitas brigas entre casais e familiares acontecem justamente por causa do uso do celular em momentos inoportunos!
A pessoa que não está recebendo a atenção desejada sente que está sendo tratada com descaso.
O contato visual pode não parecer ser tão importante na atualidade.
No entanto, esse gesto tão simples passa a impressão de que você se importa de fato com o que está sendo dito. O ouvinte se sente lisonjeado e tem vontade de continuar a conversar com você.
7. Seja transparente
Tudo bem se você gaguejar, se confundir ou falar errado. Todo mundo faz isso e, quando você se permite mostrar esses pequenos deslizes sem preocupação, você mostra ao outro que não há problema nenhum em se ‘embananar’.
Ele passa a se sentir confortável na sua presença, pois sabe que, como ele, você é um ser humano e não vai julgá-lo por cometer gafes na hora de falar.
Essa conexão acontece frequentemente com palestrantes que transformam seus erros em humor durante palestras.
Também seja transparente ao falar sobre assuntos sérios. A honestidade e a vulnerabilidade conquistam as pessoas.
Elas se sentem conectadas com alguém que possui coragem de mostrar quem é sem medo do julgamento.
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Autor: psicologa Psicóloga Veluma Marzola - CRP 06/124019Formação: A psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...