Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019
Você conhece os conflitos comuns na adolescência? A adolescência é uma fase marcada por descobertas, novas experiências e conflitos.
Para os adultos, essa época da vida desperta um misto de sentimentos positivos e negativos e uma sensação de nostalgia por um momento mais simples da vida.
Para os adolescentes, cada nova vivência é intensa e, apesar de trazer muita alegria, também pode resultar em impasses emocionais e psicológicos.
Por estarem vivendo uma fase totalmente distinta e já terem passado por experiências variadas, os pais podem ter dificuldade para compreender o que seus filhos adolescentes estão passando.
Embora muitos conflitos não se modifiquem com o passar dos anos, as diferenças de geração podem desencadear problemas totalmente novos e desconhecidos para os pais. Dessa maneira, cabe a eles tirarem um tempo para compreender os conflitos que seus filhos adolescentes podem já estar passando ou vir a passar.
Conflitos comuns na adolescência
É normal que os adolescentes entrem em conflito consigo mesmos ou uns com os outros. Como possuem dificuldade para controlar emoções, elas podem interferir de modo negativo em sua tomada de decisão, resolução de problemas e raciocínio lógico.
Dessa maneira, problemas pequenos ganham proporções gigantescas, palavras inadequadas são ditas no calor do momento e decisões importantes são tomadas às pressas.
Os pais podem se magoar com as atitudes dos filhos adolescentes, mas não devem levá-las para o coração. A rebeldia e irritabilidade são inerentes a essa fase e muitas coisas são ditas e feitas sem pensar.
Quando condutas atípicas são percebidas e repetidas por um longo período, os pais, preocupados, procuram saber o que causa tanta aflição nos filhos. Descobrir o que atormenta os adolescentes, no entanto, nem sempre é fácil, não é?
Eles tendem a não compartilhar sentimentos e acontecimentos desagradáveis com os pais por várias razões: vergonha, medo, preocupação com a reação, rebeldia, vontade de resolver os próprios impasses e se sentir adulto, entre outros.
Esse é outro motivo pelo qual é importante os pais estarem cientes dos possíveis conflitos que podem acometer seus filhos. Ao saber identificar sinais através de comportamentos e conversas, podem usar estratégias que diferem do confronto cara a cara para ajudá-los.
Além disso, adquirem mais confiança e conhecimento para orientá-los acerca dos problemas que tiram a paz dos adolescentes contemporâneos.
Levando tudo isso em conta, elencamos noveconflitos comuns na adolescência com o intuito de orientar pais e auxiliá-los em sua tomada de decisão.
1. Autoestima baixa
Com as modificações corporais, alguns adolescentes podem sofrer com baixa autoestima. As mudanças súbitas dos órgãos genitais, o crescimento dos seios e o nascimento de pelos pubianos costumam causar vergonha a princípio.
A partir do momento que se acostumam com a nova aparência, tanto meninas quanto meninos podem se ver como menos atraentes que seus colegas e fazer comparações.
Como outros indivíduos podem receber mais atenção por conta da aparência, eles podem começar a encontrar problemas inexistentes em seus corpos. A probabilidade de desenvolver dismorfia corporal, uma condição associada à preocupação excessiva com o corpo, e distúrbios alimentares é maior nesses casos.
Para os adolescentes, a aparência física costuma ser muito importante. Como não possuem tantas preocupações nessa fase da vida, acabam dedicando muito atenção a ela.
2. Mudanças emocionais
Os adolescentes experimentam uma montanha-russa de emoções. Eles se encontram frequentemente confusos sobre qual papel seguir: do adulto responsável ou da criança que se refugia na família.
Os hormônios também têm uma parcela de culpa nas alterações de humor. Coisas pouco significativas para adultos podem torná-los infelizes, furiosos ou alegres. É praticamente impossível prever suas reações.
As mudanças emocionais podem causar crises de choro, insegurança, sensação de inferioridade e confrontos frequentes com pais, irmãos e amigos. Também é comum que adolescentes experimentem os primeiros sentimentos sexuais, como começar a achar meninos ou meninas atraentes e ter curiosidade sobre sexo.
3. Bullying na escola
Adolescentes podem sofrer silenciosamente com bullying na escola. Como nessa fase eles estão desenvolvendo as suas habilidades sociais e se enxergando como indivíduos autônomos pela primeira vez, as provocações de colegas podem marcá-los profundamente.
Eles podem pensar que estão sendo maltratados por terem certa personalidade, aparência, roupas, aparelhos eletrônicos ou família e tentar esconder esses elementos do mundo. Assim, se inibem até que possam passar despercebidos pelos ambientes.
O bullying na escola traz consequências severas para o bem-estar emocional, como baixa autoestima, complexo de rejeição, ansiedade e depressão.
4. Depressão
A depressão é uma doença muito comum na adolescência. Percebê-la não é fácil porque os sintomas depressivos podem ser confundidos com comportamentos típicos dessa fase da vida, como oscilações de humor, preguiça e rebeldia.
O adolescente que vive desanimado, triste, choroso e com raiva de tudo sem ter uma justificativa plausível para esses estados de humor pode estar depressivo. Além disso, a letargia e sonolência são sintomas igualmente predominantes, que podem levar o adolescente a não ter vontade de fazer coisas simples.
Neste caso, os pais podem procurar ajuda de psicólogos para que o adolescente compartilhe como se sente. Se ele se mostrar relutante à terapia, uma alternativa é marcar consultas com o profissional para os pais expressarem suas preocupações e receberem orientações de como proceder.
5. Vício na tecnologia
A tecnologia conquistou grande espaço na vida das pessoas hoje, inclusive dos adolescentes. Além das redes sociais e aplicativos, novas aspirações começaram a surgir, como ser famoso na internet. A vontade de se tornar um dos nomes mais populares e levar uma vida de luxo pode dominar a mente dos adolescentes.
Apesar da tecnologia ser muito útil e educativa, ela também reúne conteúdos que não agregam em nada. Exposto a tantos estímulos, o adolescente pode ficar deslumbrado e esgotado. Ao ver as fotografias das supostas vidas perfeitas de amigos, ele pode acreditar que a sua vida é pouco emocionante.
Novamente, a orientação dos pais se faz necessária para que os filhos saibam utilizar os recursos da internet sem se sobrecarregarem ou internalizarem conteúdos negativos como verdades universais.
6. Problemas no relacionamento e saúde sexual
É difícil para os pais verem um filho ou filha sofrer por conta de um relacionamento amoroso na adolescência. Por essa razão, é preciso orientar os filhos sobre os relacionamentos afetivos e suas responsabilidades, incluindo educação sexual!
Fugir de assuntos delicados não impede que situações temidas aconteçam, como alguns pais pensam. É preciso educar os filhos para que eles se previnam contra DSTs e gravidez indesejada. Caso contrário, eles buscarão informações em outras fontes, as quais podem não ser as mais apropriadas.
7. Competição
Os adolescentes começam a sofrer com a competição cedo na atualidade. O mercado de trabalho de hoje é muito exigente, o que leva os adolescentes a se preocuparem com o seu futuro desde jovens.
Eles se sentem pressionados para tirarem notas boas e entrarem nas melhores universidades, cujas vagas são escassas. E se eu não conseguir tirar uma boa nota no ENEM? E se eu não for para uma boa universidade? E se eu iniciar meu curso alguns anos depois dos meus colegas?
Nem todos os adolescentes se preocupam com essas questões, é claro. Mas os que têm essas perguntas na cabeça sofrem com o estresse e ansiedade. Eles não conseguem perceber que podem ir moldando o seu futuro ao longo dos anos, não apenas no momento da decisão da universidade e curso.
8. Amizades problemáticas
Amizades tóxicas podem influenciar adolescentes a fazerem coisas que eles não querem, como namorar, fazer sexo, beber bebidas alcóolicas, matar aula, brigar com amigos próximos e se rebelar contra os pais.
O problema é que, para os filhos adolescentes, as más companhias podem ser as pessoas mais legais do mundo, o que deixa os pais ainda mais preocupados.
Para não tirarem a autonomia do adolescente, incentivando-o a aprender a tomar decisões saudáveis, pais precisam iniciar a orientação sobre amizades problemáticas cedo.
Conhecer os pais dos amigos também é uma boa ideia para ter uma noção de com quem o seu filho interage. Mas evite fazer julgamentos, pois cada família tem a sua realidade.
9. Estresse
Todos esses conflitos comuns na adolescência podem estressar o adolescente. Ele pode sucumbir aos efeitos negativos do estresse ao se preocupar demais com seu futuro, ter problemas constantes no relacionamento, sofrer bullying e conviver com sintomas depressivos.
Para ajudar os filhos, os pais podem levá-los ao psicólogo. Esse profissional é o mais indicado para conversar com o adolescente em uma linguagem que ele compreende e para descobrir aflições sem ser invasivo. No entanto, é importante que o adolescente concorde com a terapia.
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Autor: psicologa Psicóloga Veluma Marzola - CRP 06/124019Formação: A psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...
gostei da abordagem e fico feliz que tenha disponibilizado
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