Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019
A ansiedade na adolescência é uma realidade cada vez mais comum e preocupante entre jovens, que enfrentam um período cheio de mudanças, pressões e descobertas.
Nessa fase da vida, é natural haver inseguranças e dúvidas. Mas quando o medo e a preocupação se tornam constantes e intensos, eles podem afetar a saúde emocional e o bem-estar do adolescente.
Neste artigo, você vai entender o que pode causar a ansiedade na adolescência, como identificar seus principais sinais e, acima de tudo, como ajudar seu filho a lidar com essa emoção de forma acolhedora e eficaz. Boa leitura!
O que pode causar a ansiedade na adolescência?
A ansiedade na adolescência pode surgir por uma combinação de fatores emocionais, biológicos, sociais e ambientais.
Convém mencionar que essa fase da vida é naturalmente marcada por mudanças intensas no corpo, na identidade, nas relações e nas responsabilidades. Assim, quando essas transformações se somam a pressões internas ou externas, o risco de desenvolver transtornos ansiosos aumenta.
Então, os principais fatores que podem desencadear ou intensificar a ansiedade nessa etapa são:
- Mudanças hormonais: a puberdade altera o equilíbrio químico do cérebro, afetando o humor e a forma como o adolescente lida com o estresse.
- Pressão acadêmica: provas, vestibulares, desempenho escolar e expectativas sobre o futuro geram cobrança e medo do fracasso.
- Redes sociais e comparação constante: a busca por aceitação e os padrões irreais de sucesso ou beleza nas redes sociais podem causar sensação de inadequação.
- Conflitos familiares: brigas, separações, perda de entes queridos ou falta de apoio emocional impactam diretamente o bem-estar do jovem.
- Isolamento ou dificuldades sociais: bullying, exclusão e baixa autoestima comprometem o sentimento de pertencimento e segurança.
- Excesso de estímulos e falta de descanso: rotinas exaustivas, excesso de compromissos e uso excessivo de telas dificultam o relaxamento mental.
- Predisposição genética ou histórico familiar: filhos de pais com transtornos de ansiedade têm maior propensão a desenvolver sintomas semelhantes.
Entender essas causas é o primeiro passo para oferecer apoio consciente e efetivo, pois cada adolescente reage de maneira única, e estar atento ao contexto em que ele vive é essencial para prevenir e tratar a ansiedade de forma adequada.
Quais são os principais sinais da ansiedade na adolescência?
Identificar os sinais da ansiedade na adolescência pode ser um desafio, já que muitos sintomas se confundem com comportamentos típicos dessa fase. No entanto, quando esses sinais se tornam frequentes, intensos e interferem na rotina, é hora de acender o alerta.
Por isso, fique atento a comportamentos como:
- Preocupação constante com situações do dia a dia, mesmo quando não há motivo real.
- Irritabilidade, impaciência ou explosões emocionais sem causa aparente.
- Dificuldade de concentração em tarefas simples ou na escola.
- Queixas físicas frequentes, como dor de cabeça, dor no estômago ou tensão muscular.
- Insônia ou alterações no sono (dormir demais ou ter dificuldade para dormir).
- Evitação de atividades sociais, escolares ou familiares.
- Baixa autoestima e medo excessivo de julgamento ou rejeição.
- Choro frequente, sensação de descontrole ou desânimo prolongado.
- Mudanças bruscas de humor e comportamento.
- Uso exagerado de telas como forma de escape (celular, jogos, redes sociais).
- Isolamento e afastamento de amigos e familiares.
Esses sinais, isolados ou combinados, podem indicar que o adolescente está enfrentando um quadro de ansiedade. Por isso, o acompanhamento atento e o diálogo constante são fundamentais para identificar a necessidade de ajuda especializada.
A ansiedade na adolescência pode ser enfrentada com apoio afetivo, orientação adequada e, quando necessário, acompanhamento profissional.
Como ajudar um adolescente que está sofrendo com ansiedade?
Abaixo, separamos algumas formas eficazes de ajudar seu filho a lidar com esse desafio de maneira mais leve e saudável:
1. Converse sem julgamentos
Crie um espaço seguro para que seu filho fale sobre seus medos e preocupações. Ouvir com empatia, sem críticas ou comparações, fortalece a confiança.
Além disso, evite interromper ou minimizar os sentimentos dele. O simples ato de escutar pode aliviar o peso da ansiedade e mostrar que ele não está sozinho nesse processo.
2. Valide o que ele sente
Dizer que “não é nada” ou “você está exagerando” desqualifica a dor emocional do adolescente. Em vez disso, reconheça que o que ele sente é legítimo.
Validar as emoções cria um ambiente de acolhimento, onde ele se sente compreendido e amparado, passo essencial para lidar com a ansiedade com mais segurança.
3. Ensine a identificar gatilhos
Ajude o adolescente a perceber quais situações despertam os sintomas ansiosos. Isso pode incluir momentos específicos, lugares, pessoas ou pensamentos.
Dessa forma, ao reconhecer os gatilhos, ele terá mais clareza para lidar com suas emoções e poderá, com o tempo, desenvolver estratégias próprias para reduzir a intensidade das crises de ansiedade.
4. Incentive uma rotina equilibrada
Estabelecer horários regulares para dormir, estudar, se alimentar e se divertir traz previsibilidade e estabilidade emocional.
Rotinas bem organizadas reduzem o estresse e ajudam o adolescente a se sentir mais seguro no dia a dia. Também evite sobrecarregá-lo com atividades, priorizando momentos de descanso e lazer saudáveis.
5. Estimule atividades físicas
Exercícios como caminhada, natação ou dança ajudam a aliviar a tensão, liberam endorfina e melhoram o humor.
A prática regular de atividade física é um dos recursos mais eficazes no controle da ansiedade, além de promover disciplina e autoestima. O importante é encontrar algo que o adolescente goste e pratique com constância.
6. Limite o uso de redes sociais
O excesso de tempo nas redes sociais pode intensificar a ansiedade, gerando comparação constante e sensação de inadequação.
Portanto, estabeleça limites saudáveis para o uso de telas, incentive pausas durante o dia e proponha atividades offline. Desconectar um pouco do mundo virtual ajuda o adolescente a se reconectar consigo mesmo.
7. Pratique técnicas de respiração juntos
Ensine técnicas simples de relaxamento e respiração profunda, que podem ser feitas em momentos de tensão. Vale dizer que respirar de forma consciente ajuda a regular o sistema nervoso e a acalmar a mente.
Outro ponto importante é que fazer esses exercícios em família pode reforçar o vínculo e tornar o momento mais leve e acolhedor.
8. Dê autonomia com responsabilidade
Evite superproteger, mas também não o deixe sozinho nas decisões. Permita que seu filho participe de escolhas do dia a dia, como montar a própria rotina ou escolher uma atividade nova.
Assim, você ajuda-o a aumentar a sensação de controle e a fortalecer a confiança em si mesmo, reduzindo a insegurança que alimenta a ansiedade.
9. Promova momentos de prazer
Incentive hobbies, encontros com amigos, leitura, música ou atividades artísticas, pois momentos de prazer ajudam a equilibrar emoções e diminuem o impacto da ansiedade na rotina.
Dessa forma, quando o adolescente percebe que ainda pode sentir alegria e relaxar, mesmo em meio às dificuldades, ganha mais força para lidar com elas.
10. Busque apoio profissional especializado
Quando a ansiedade interfere no sono, nos estudos ou nas relações, é hora de procurar um psicólogo. O tratamento adequado, especialmente com profissionais especializados em adolescentes, oferece estratégias eficazes para lidar com os sintomas.
Em alguns casos, pode ser necessário também o acompanhamento psiquiátrico, sempre com orientação cuidadosa e individualizada.
Por fim, é importante ter em mente que a ansiedade na adolescência pode ser desafiadora, mas com apoio e escuta ativa, seu filho não precisa enfrentá-la sozinho. Esteja presente e, se achar necessário, não deixe de buscar ajuda profissional!
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Autor: psicologa Psicóloga Veluma Marzola - CRP 06/124019Formação: A psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...