Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019
Existe vida após o fim de um relacionamento sério, como o casamento, mas para muitas pessoas é difícil retomá-la. Não importa quantos anos dure esse compromisso, ambos os cônjuges sentem um misto de emoções após o divórcio.
Como seguir adiante agora? Como lidar com tantos sentimentos, às vezes mal digeridos? E se um dos cônjuges não quiser se divorciar?
Como evitar brigas? São diversos os questionamentos que os divorciados alimentam em suas cabeças durante o processo de separação.
A mente pode ficar abarrotada a ponto de obstruir a sua visão acerca da situação.
Segundo psicólogos, o processo de recomeço após o divórcio depende muito da situação de cada casal e das personalidades dos ex-cônjuges.
Afinal, cada história é única!
Felizmente, casais divorciados têm dezenas de recursos disponíveis hoje para lhes ajudarem a recomeçar as suas vidas após o divórcio. No post de hoje, falaremos sobre isso.
Como se recuperar após o divórcio?
Se divorciar não é o fim do mundo. É uma fase da vida que se finda e, ao mesmo tempo, que dá início à outra.
Entretanto, ainda é uma vivência desagradável e dolorosa, e raramente é fácil de lidar.
Os casais normalmente idealizam uma vida juntas com tudo o que possuem direito – perrengues do dia a dia, vitórias e celebrações, nascimento dos filhos, crescimento dos pequenos até à vida adulta, aniversários de casamento, envelhecimento conjunto, entre outras vivências significativas.
Quando o relacionamento não dá certo, muitas coisas podem passar pela cabeça.
Os ex-cônjuges costumam buscar explicações incessantemente, fazer cobranças que não cabem mais à realidade do relacionamento, culpar o outro cegamente pelo divórcio ou por atitudes pequenas que fizeram mal no passado, e se lamentar por ter os sonhos de casamento não realizados.
Todas essas atitudes são esperadas nesta situação.
Algumas causam mais estresse e sofrimento que outras, por isso, cabe aos cônjuges refletirem sobre quais são os melhores comportamentos a se ter diante do fim desse ciclo tanto para si mesmo quanto para o ex-parceiro.
Abaixo, separamos seis dicas de como se recuperar após o divórcio levando em consideração como é difícil encarar essa situação.
1. Permita-se sentir o luto
Todo fim gera um luto. Não precisa ser o fim de uma vida. Pode ser o fim de uma fase da vida, como de um trabalho, um relacionamento, uma viagem e até mesmo de uma crença.
É normal ficar chateado, receoso e confuso durante esse processo. Muitas pessoas tentam evitá-lo, mas não é totalmente saudável ignorar a existência dele.
Permita-se sentir as fortes emoções provenientes do divórcio. Permita-se chorar e ficar melancólico por alguns dias.
Você provavelmente carregará uma tristeza dentro de você por algum tempo, a qual diminuirá aos poucos. A raiva também pode permanecer com você por um longo período.
O que você não pode fazer é se entregar aos sentimentos negativos.
Como existe uma cultura de esconder tristeza em nossa sociedade, como se fosse algo inconveniente, você pode ter dificuldades pare encontrar esse equilíbrio. Como se permitir ficar triste e não se entregar a tristeza?
2. Se mantenha ocupado
Esta segunda dica complementa a anterior. Para não se entregar totalmente ao luto e estimular o surgimento de uma condição de saúde mental (como a depressão), procure se manter ocupado.
Continue trabalhando, se esforçando para concluir os seus projetos pessoais, saindo com seus amigos e levando a sua vida como de costume.
Procure preencher longos períodos de ócio com novidades.
Você pode começar um curso, seja online ou presencial, iniciar uma atividade física, adotar um pet ou fazer uma viagem, por exemplo.
Fazer isso não é fugir do problema, pois você não está evitando a situação e sim pensamentos desnecessários que provocam emoções demasiadamente negativas.
Em outras palavras, é uma maneira de controlar as suas emoções de maneira saudável.
3. Se desfaça do que lhe causa mal-estar
Algumas coisas, como objetos pessoais, fotografias e roupas, podem trazer a lembrança do ex-cônjuge.
As lembranças, sejam negativas ou positivas, podem dificultar a retomada da vida após o divórcio.
Para ajudá-lo a seguir adiante, se desfaça do que lhe causa mal-estar emocional.
Você pode tanto jogar fora, fazer doações ou guardar em um canto da sua casa que fique fora da vista.
4. Pratique o perdão
É normal que mágoas permaneçam após o divórcio. Resíduos de questões mal resolvidas ou que provocam emoções intensas, como raiva ou tristeza, às vezes ficam no coração. Não é da noite para o dia que isso se resolve.
Você pode passar meses pensando no que poderia ter feito diferente ou no que o outro poderia ter feito diferente, além de refletir sobre todas as coisas que lhe machucaram durante o relacionamento.
Como dito, é saudável validar os seus sentimentos e uma parte essencial do processo de mudança de vida.
Após essa fase, contudo, comece a praticar o perdão. Perdoe a si mesmo por suas atitudes e palavras, levando em consideração até aquelas que você não colocou em prática.
Do mesmo modo, perdoe o ex-parceiro pelas atitudes e palavras dele que causaram um impacto negativo em você.
Lembre-se que perdoar não é o mesmo que aceitar algo errado. É uma forma de você se curar emocionalmente, aliviar a negatividade entorno de uma situação e conseguir seguir em frente.
5. Mantenha uma relação positiva com seu ex
Muitos divórcios acabam com os ex-cônjuges em pé de guerra, bem como as famílias deles, e disputas pela guarda dos filhos e bens materiais.
Esses conflitos geram desgaste emocional e psicológico para todos os envolvidos. É uma batalha de egos sem fim!
Para evitar essas situações desagradáveis, converse com o seu parceiro.
Diga a ele ou ela tudo o que você gostaria de expressar para deixar o seu coração leve, sempre respeitando o outro e valorizando a empatia.
Uma ideia para evitar grandes conflitos é levar essas questões emocionais à terapia de casal.
Apesar do nome, o psicólogo desse tipo de terapia também atende casais separados.
Manter uma relação positiva pode ser difícil quando os nervos estão à flor da pele, mas procure ver o ex-cônjuge como um ser humano que comete erros igual a você.
Construir um relacionamento respeitoso após o divórcio é benéfico não apenas para o casal divorciado, como também para seus filhos e outros familiares.
6. Converse com seus filhos
Uma das maiores preocupações dos pais divorciados são os filhos. Como eles vão aceitar essa situação? Será que ficarão com sequelas? Como evitar situações desagradáveis e constrangedoras?
Todas essas questões podem ser conversadas com os filhos com transparência para que eles compreendam o que está acontecendo.
As reações podem variar de acordo com a idade. Crianças mais velhas e adolescentes podem reagir com raiva enquanto as crianças pequenas costumam a ficar tristes, manhosas ou muito quietas.
Assim, os pais podem buscar dar estabilidade aos filhos, fazendo acordos de guarda e de pensão alimentícia sem brigas.
Além disso, podem conversar sobre a rotina, os valores e as regras da casa que gostariam de passar aos filhos para que elas não sejam muito diferentes.
Os pais podem ter estilos distintos de cuidar dos filhos, é claro, mas manter uma base similar.
Mantenha os seus filhos a uma distância saudável das questões que só dizem a respeito a você e o seu ex-parceiro.
Não deixe que eles vejam brigas ou discussões acaloradas nem compartilhe com eles sentimentos relacionados às atitudes do outro pai.
Da mesma forma, não use seus filhos para tentar conseguir informações ou passar recados ao outro. Preserva a integridade deles.
7. Recorra a todos os recursos disponíveis para você
Faça bom uso dos recursos disponíveis hoje para ajudá-lo a se reerguer.
Procure a terapia, tanto individual quanto de casal, para ajudá-lo a digerir questões que ficaram entaladas na garganta.
O psicólogo pode auxiliá-lo a passar por esse momento difícil ao oferecer apoio e compartilhar estratégias de como lidar com as emoções oriundas do divórcio.
Conversar com um profissional junto do ex-cônjuge também é uma excelente ideia para colocar um ponto final em questões que não precisam ser arrastadas por muito tempo.
Por exemplo, atitudes que um dos cônjuges teve durante o casamento que magoaram.
A terapia pode ajudar indivíduos divorciados a se desapegarem do passado e manterem o foco nessa nova fase da vida.
Além do atendimento psicoterapêutico, você pode buscar livros, vídeos, palestras e até cursos para ajudá-lo a lidar com esse momento de emoções intensas.
Não tenha vergonha de fazer isso.
Desfrute dos recursos que existem hoje para praticar o autocuidado.
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Autor: psicologa Psicóloga Veluma Marzola - CRP 06/124019Formação: A psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...