Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019

Conhecer os principais tipos de compulsão é o primeiro passo para tentar barrar essa que é um dos principais indicadores de que algo não vai bem com a saúde mental de um indivíduo.
Afinal, toda e qualquer compulsão carrega consigo questões emocionais e psicológicas, devendo, portanto, ser tratada junto a especialistas, como psicólogos, para que esses consigam identificar a real causa do problema.
Sendo assim, neste artigo, vamos falar detalhadamente sobre os principais tipos de compulsão, seus sintomas e formas de tratar. Boa leitura!
O que é compulsão?
A compulsão representa qualquer comportamento que é reproduzido por impulso e de maneira repetitiva e exagerada. Assim, em um primeiro momento, o ato gera uma sensação de prazer, mas depois costuma desencadear arrependimento, culpa e vergonha.
Esse mix de sensações advém, em geral, de algum problema de ordem emocional e, por isso, costuma aparecer junto a outras emoções, como ansiedade, estresse e preocupação.
O que pode causar uma compulsão?
Não existe uma causa única para explicar o surgimento de uma compulsão, mas, como mencionamos, a maioria dos casos está associada a questões de ordem psicológica.
Nesse sentido, por trás desse problema pode haver:
- Traumas não superados;
- Questões biológicas e orgânicas;
- Gatilhos ambientais;
- Problemas familiares;
- Problemas emocionais, como ansiedade, estresse e depressão;
- Existência de outros transtornos, como o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Quais são os principais tipos de compulsão?
Agora, para visualizar como a compulsão acontece na prática, separamos os principais tipos com os seus respectivos sintomas para que você se aprofunde no assunto:
1. Compulsão alimentar
Esse é o principal tipo de compulsão, que consiste no desejo involuntário de comer muito (e, às vezes, ininterruptamente), mesmo quando não se está com fome.
Ele pode acontecer para aliviar a ansiedade, o estresse ou a frustração e pode estar associado ao desenvolvimento de transtornos alimentares, como anorexia e bulimia.
Sintomas e consequências
- Ingestão de grandes porções de alimentos em pouco tempo;
- Vergonha em comer fora de casa;
- Isolamento social;
- Sentimento de culpa e vergonha após o excesso;
- Aparecimento de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e obesidade;
- Desenvolvimento de bulimia e anorexia.
Convém mencionar que não é necessário que todos esses sintomas e consequências apareçam para que seja diagnosticada essa compulsão.
Enfrentamento
Entre as estratégias de enfrentamento estão a psicoterapia – para ressignificar a relação com os alimentos – e não ter comidas ultraprocessadas e altamente calóricas em casa.
2. Compulsão por compras
Esse também é um tipo de compulsão comum. Nela, a pessoa tem o “vício” de fazer novas aquisições constantemente, mesmo sem que aquele produto tenha real utilidade para ela e sem considerar sua condição financeira para isso.
Nesses casos, há uma sensação de conquista após a compra, o que alivia momentaneamente uma sensação negativa.
Sintomas e consequências
- Endividamento;
- Comprometimento das relações familiares e com o cônjuge;
- Sensação de satisfação após a compra.
Enfrentamento
Algumas dicas para enfrentar a compulsão por compras são: ter um limite bastante reduzido no cartão de crédito e ter pouco dinheiro em conta bancária para acesso imediato – deixando a maior parte aplicada, além da psicoterapia, é claro.
3. Compulsão por trabalho
A compulsão por trabalho consiste em se utilizar de atividades relacionadas à carreira para esquivar o pensamento sobre situações adversas, inclusive dentro de casa, o que faz com que a pessoa evite esse ambiente e permaneça na empresa por mais tempo.
Aqui, o indivíduo pode passar horas seguidas no trabalho ou criar sempre novas ações laborais para permanecer ocupado.
Sintomas e consequências
- Desencadeamento de questões psicológicas, como ansiedade, estresse crônico, síndrome de Burnout e depressão;
- Comprometimento dos relacionamentos;
- Dificuldade para separar a vida pessoal e profissional;
- Agressividade e competitividade extrema;
- Desencadeamento de problemas físicos, como a gastrite.
Enfrentamento
Entre as estratégias de enfrentamento, a principal, sem dúvidas, é a realização de psicoterapia para ressignificar a relação com o trabalho e entender o que tem levado a essa “fuga” da vida pessoal.
4. Compulsão sexual
A compulsão por sexo, também chamada de compulsão orgástica, acontece quando a maioria dos pensamentos do indivíduo está relacionada ao sexo.
Além disso, seus comportamentos sexuais são exagerados, como assistir a pronografia excessivamente ou exigir que o parceiro pratique o ato várias vezes ao dia.
É importante ter claro esse conceito para não achar que uma libido alta é compulsão.
Sintomas e consequências
- Fantasias sexuais recorrentes e intensas;
- Remorso após a realização de muitos atos sexuais;
- Problemas no relacionamento com o cônjuge;
- Comportamentos ilegais, como a prática de sexo sem consentimento;
- Dificuldades de socialização.
Enfrentamento
Nessa compulsão, a psicoterapia também é a principal forma de enfrentar o problema, pois o psicólogo ajudará o paciente a compreender essa relação doentia com o sexo e modificá-la.
5. Compulsão por atividade física
Temos falado, cada vez mais, sobre a importância da atividade física para a manutenção da saúde do corpo e da mente. E que bom que isso tem acontecido. Entretanto, é preciso estar atento para que isso não se torne uma compulsão.
Sendo assim, é preciso se atentar para os sinais que indicam que a prática de atividade física deixou de ser um hábito saudável e se tornou uma compulsão.
Sintomas e consequências
- Se exercitar mais tempo do que o necessário;
- Deixar a vida de social para praticar atividade física;
- Ficar tenso e se cobrar demais porque deixou de malhar um único dia.
Enfrentamento
Mais uma vez, a psicoterapia é uma importante aliada nesse enfrentamento. Além disso, estabelecer uma quantidade de horas máximas por semana (ou por dia) para se exercitar pode ser interessante.
Como tratar as compulsões?
Como deu para perceber até aqui, cada tipo de compulsão requer uma estratégia de enfrentamento diferente. Entretanto, um tratamento que é comum a todas elas é a psicoterapia.
Isso se deve ao fato de que é a terapia, sobretudo a abordagem terapia cognitivo-comportamental (TCC), que ajuda o indivíduo a reconhecer as causas da sua compulsão e encontrar formas de solucionar o problema.
Afinal de contas, como dissemos no início deste conteúdo, por trás de uma compulsão há sempre uma questão emocional e/ou psicológica.
Nesse sentido, com a ajuda do psicólogo, o paciente reconhecerá essa origem e poderá identificar os gatilhos que o fazem agir de forma compulsiva para, assim, tomar decisões racionais e evitar a impulsividade.
Dessa forma, com a mudança de pensamento e comportamento, é possível se livrar dessas práticas e encontrar o caminho do bem-estar, da saúde mental e da qualidade de vida.
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Autor: psicologa Psicóloga Veluma Marzola - CRP 06/124019Formação: A psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...