Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
Você já se perguntou por que está aqui ou quem você é? Já teve a sensação de que a vida é frágil e, portanto, pode cessar abruptamente? Já quis descobrir qual é o seu propósito de vida? Esses questionamentos são normais e a maioria das pessoas dedica tempo para encontrar respostas apropriadas para eles em algum momento de suas vidas.
A busca excessiva pelo sentido da vida, como também o impacto de grandes transformações em nossa rotina, como uma mudança repentina de cidade ou os primeiros dias em um novo emprego, pode desencadear sentimentos desagradáveis. Eventualmente, eles podem causar uma crise existencial.
Psicólogos afirmam que desafios do cotidiano raramente são o suficiente para provocar esse tipo de crise. Normalmente, ela surge por conta de um momento de grande desespero, um evento de vida marcante ou um trauma.
O que é crise existencial?
O termo “crise existencial” se refere ao descontentamento que surge devido à insatisfação ou à confusão com a própria identidade e sentido da vida. Também pode ser chamada de “ansiedade existencial” já que incita a pessoa em crise a se preocupar excessivamente com seu futuro e propósito de vida.
Durante uma crise surgem devaneios sobre o “verdadeiro” significado da vida, pendendo sempre para uma visão pessimista. A pessoa em crise pensa que sua existência ou a existência de todos os seres humanos não têm sentido, que passar por problemas é sofrido demais em comparação com as recompensas da vida, e que tudo vai acabar algum dia.
Essas preocupações costumam aparecer durante períodos de transição e normalmente reflete a dificuldade da pessoa em crise de se adaptar às novas circunstâncias. O sentimento-chave deste tipo de crise é a sensação de que a base da sua vida (família, relacionamento, trabalho, objetivos pessoais) está abalada, ameaçando a sua segurança emocional e física.
Tipos de crise existencial
O termo “crise existencial” pode, ainda, ser utilizado para descrever uma série de conflitos de origem emocional.
Medo da responsabilidade
O medo da responsabilidade associado à crise não é somente temer atender compromissos. É o temor que nasce com a realização de que precisamos nos responsabilizar por nossas ações e escolhas.
Como não há um caminho 100% certo ou errado para nos guiar ao longo da vida, o medo de tomar decisões que causem sofrimento e dificultem a realização de sonhos pode ocasionar muita ansiedade.
Quando a responsabilidade de “ter uma boa vida” parece adquirir proporções maiores do que nossos esforços e força de vontade, podemos desenvolver hábitos e comportamentos negativos para fugir da mesma.
Pessoas que fazem tudo para evitar se comprometerem com o trabalho ou um relacionamento, por exemplo, por vezes sofrem desse tipo de crise existencial.
Sentido da vida
Pessoas que experimentam a ansiedade existencial tendem a se perguntar com frequência qual é o sentido da vida. “Por que estou aqui?”, “Qual é o meu propósito?” e “Qual é o verdadeiro sentido da existência humana?” são alguns questionamentos em que elas se perdem por horas.
Quando passamos por momentos de transição e perdemos momentaneamente a segurança proporcionada pelo nosso lar e pessoas queridas, sobretudo, podemos começar a nos questionar qual é o sentido de passar por tudo isso.
Embora não haja nada de errado em se fazer essas perguntas, elas podem se tornar um fardo quando feitas em excesso. Você pode encontrar o seu propósito de vida à medida que acumula experiências, mas dificilmente encontrará a resposta para o sentido da vida.
Morte e doenças
A morte de alguém próximo pode despertar diversos questionamentos existencialistas, bem como a contração de uma doença grave. Você pode começar a se questionar sobre a efemeridade da vida e ficar ansioso diante da realidade de que ela pode acabar abruptamente, independente de seus planos.
Do mesmo modo, você pode causar o mesmo sentimento desagradável ao começar a fazer questionamentos sobre o sentido da vida em si. A sua busca por um propósito maior pode causar uma mistura de medo e ansiedade, além de despertar preocupações com a fragilidade da vida. Realmente importa se você trabalha bem ou mal perante a sua própria imortalidade? No fim da vida importará quanto dinheiro, sucesso ou conquistas você teve?
Evento de vida significativo
Muitas pessoas passam por crises existenciais quando se deparam com grandes eventos de vida ou, em outras palavras, mudanças. Um acontecimento significativo consequentemente muda a sua vida, seja em grandes ou pequenas proporções.
Uma formatura, por exemplo, é um evento marcante para a maioria dos indivíduos. Apesar de ser emocionante, também representa a transição da condição de estudante para a de profissional. Essa mudança e as expectativas incumbidas nela podem despertar ansiedade.
Mesmo que a formatura seja um evento com o qual todo estudante sonha, quando acontece de verdade, a sensação é de vivenciar uma mudança de vida “súbita”. Os eventos de vida, quando vivenciados, são mais intensos do que quando imaginados. Assim, podem causar reações intensas.
Repressão de emoções e sentimentos
Não se dar permissão para sentir emoções e sentimentos pode ocasionar uma crise existencial. Algumas pessoas bloqueiam o sofrimento para tentar esquecer da sua origem. Elas acreditam que a repressão as ajudará a encontrar a felicidade novamente.
Porém, essa atitude acaba causando um falso senso de felicidade. Elas não sentem, de fato, que estão contentes e satisfeitas, apenas fingem estar. Quando deixamos de experimentar a felicidade autêntica, a vida parece vazia e sem sentido.
Como saber se estou tendo uma crise existencial?
Você provavelmente está passando por uma crise existencial se:
- Questiona demasiadamente a razão para estar vivo e ser quem você é;
- Não vê sentido em se esforçar para obter o que deseja porque a morte é o destino de todos;
- Sente-se triste a maior parte do tempo;
- Não acredita que merece a felicidade, então não tenta mudar a sua condição atual ou o seu humor;
- Sente desesperança acerca do futuro e de metas de vida;
- Se preocupa constantemente com as suas decisões;
- Se sente incomodado com a sua própria existência;
- Sente que não se encaixa em nenhum grupo;
- Tem dificuldade para tomar decisões e fazer planos porque teme se comprometer com um determinado futuro;
- Experiencia sentimentos de impotência com frequência; e
- Tem a necessidade de se perguntar sobre o sentido da vida de novo e de novo.
Como lidar com uma crise existencial?
A crise existencial pode ser um alerta para você procurar um psicólogo. Pessoas deprimidas costumam sentir necessidade de questionar a razão de suas existências, podendo chegar ao ponto de nutrir pensamentos suicidas.
Dedicar tempo para modificar a sua perspectiva sobre a vida também pode ajudá-lo a combater a ansiedade existencial. Você pode sim refletir e buscar o seu propósito de vida em seu trabalho, em seu cotidiano, em seu relacionamento, em sua família ou em uma causa social. Só não pode deixar que essa busca dite seus pensamentos, ações e emoções.
Em seguida, veja formas de lidar com uma crise existencial além da psicoterapia.
1. Recupere o controle de seus pensamentos
Você tem o poder de controlar os seus pensamentos, não importa o que eles sejam. Lembre-se disso sempre quando pensamentos ansiosos tentarem fazê-lo mudar a sua perspectiva de vida, autoimagem ou visão de relacionamentos. Comece a pensar em coisas boas, como lembranças de momentos agradáveis, conquistas do passado, sonhos e pessoas queridas.
2. Tenha um diário de gratidão
Uma forma de contra-atacar a insatisfação com a vida ou a sensação de falta de sentido é listar pelo que você é grato. Você pode começar esse exercício pela sua saúde, independentemente de que condição ela esteja, e passar para outros aspectos os quais tornam a sua vida mais feliz. Pode ser algo simples, como o café da tarde, ou grandioso, como um relacionamento.
3. Liste por que sua vida tem sentido
Semelhante ao exercício interior, você pode tanto listar quanto refletir sobre o porquê de sua vida/sua existência ter sentido. Por exemplo, quais são as suas motivações? O que o ajuda a se levantar da cama todos os dias? O que o leva a se esforçar e aperfeiçoar as suas competências pessoais?
4. Não espere encontrar todas as respostas
Compreenda que simplesmente não existem respostas para determinadas perguntas. Você pode passar anos da sua vida (e muitos estudiosos já passaram) tentando respondê-las e não encontrar uma única resposta satisfatória. Aceite essa realidade e transforme a ansiedade e o descontentamento em algo bom através da reflexão e do autoconhecimento. Aprender a lidar com sentimentos negativos lhe ajudará a crescer como pessoa.
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Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 06/205788Formação: A psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...
Sinto muito dor no peito pressao alta demais meu peito dói e já quero ir no hospital nunca tinha sentindo essa dor sentia outras coisas como falta de ar uma ardência sentia o corpo tremer toda hora isso passou agirá e essa dor no peito eu tomo rivotril e setralina
Além da medicação, o acompanhamento semanal de um psicólogo também irá ajudá-la neste tratamento!
Fiquei feliz ao ler .parabéns pelo aconchego, acalmei meu coração.
Olá, Maria! Obrigada pelo seu comentário! Você também pode assinar a nossa newsletter para receber todos os conteúdos que são publicados em tempo real! Basta se inscrever clicando neste link: https://www.psicologosberrini.com.br/newsletter. Espero que você goste!
Amei seu artigo, desejaria ter alguém como vc perto pra poder ajudar pessoas que estão passando por momentos difíceis, eu tmb estou passando por isso busquei algo pra me aliviar, sei que td nessa vida são momentos e tds eles passam, mas qdo estamos em crise precisamos de ajuda de pessoas como vc, continue iluminando o caminho de muitos que andam em determinados momentos na escuridão. Grande abraço.
Olá, Valdir! Obrigada pelo seu comentário. Fico contente em saber que o conteúdo ajudou você de alguma forma.
Tenho 70 anos completos.Sinceramente nao me vejo com essa idade toda. Gosto da vida e quero viver,porém, vejo q nao sei qual é o sentido da minha vida e meu propósito de vida é e sempre foi trabalhar para sobrevivencia. Gostei muito do seu post e quero receber mais artigos como esse q me ajude a encontrar meu proposito de vida.
Ainda é tempo, tem solução ?
Olá, Angela! Claro que há tempo. Sempre há tempo enquanto quisermos! Sugiro que assista ao meu vídeo sobre “Propósito”, clicando aqui. Obrigada por compartilhar o seu comentário.
Já com meus 65 anos na estrada, com quase 50 em música, tornei-me, atualmente, depressivo de maneira geral, insatisfeito com a vida e com tudo… Há algumas dezenas de anos em terapias, achei-me um pouco como ser humano dotado de vivências, opiniões e idiossincrasias já há bom tempo. Estas terapias e remédios à bipolaridade têm me auxiliado e muito, pois consigo por vezes ver graça na natureza física ao redor. Mas a inquietude existencial tem piorado bem e a anedonia geral destoam-me dos outros seres com os quais me conecto – como posso. Dos poucos prazeres que ainda tenho – e reconheço – estes também se desvanecem, aqueles que sobraram (cantar em coro ou tocar acompanhando cantores(as)). Enfim, dia a dia tudo fica cada vez mais sem nenhum sentido – embora adore tecnologia! Música ainda me segura no mundo – Astronomia, por vezes, ou Mecatrônica.