Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
A preguiça e procrastinação é frequentemente vista como um defeito de caráter ou falta de força de vontade.
Entretanto, essa percepção simplista ignora a complexidade emocional, psicológica e até neurológica envolvida na procrastinação.
Então, continue lendo para entender mais!
O que é preguiça?
A preguiça e procrastinação pode ser definida como a ausência ou recusa de esforço, especialmente quando se trata de tarefas que exigem energia física ou mental. Ela é muitas vezes confundida com descanso, tédio ou falta de motivação, mas nem sempre está relacionada a esses estados.
Do ponto de vista biológico, todos os seres vivos tendem a conservar energia sempre que possível. Esse instinto de economia energética tem um papel evolutivo, mas, em nossa sociedade moderna, onde a sobrevivência não depende mais diretamente de esforço físico contínuo, esse impulso pode se voltar contra nós.
Diferença entre preguiça e procrastinação
Embora os dois termos estejam interligados, há uma diferença importante entre preguiça e procrastinação. Por isso, a preguiça envolve uma recusa ou falta de vontade de iniciar qualquer atividade. Já a procrastinação é o adiamento intencional de uma tarefa, mesmo sabendo que isso trará consequências negativas.
Uma pessoa pode procrastinar por diversos motivos — medo de falhar, perfeccionismo, ansiedade, baixa autoestima, entre outros — e não necessariamente por preguiça. Por isso, entender por que procrastinamos exige um olhar mais profundo sobre nossas emoções, hábitos e estruturas mentais.
Por que procrastinamos?
Vários fatores podem levar uma pessoa a procrastinar. Em geral, trata-se de um mecanismo de fuga ou de regulação emocional. Abaixo estão os principais motivos que explicam esse comportamento.
1. Evitação do desconforto
O cérebro humano busca prazer e evita a dor. Então, se uma tarefa parece difícil, entediante ou emocionalmente desgastante, o cérebro ativa mecanismos de defesa para adiar esse desconforto. Em vez de enfrentar a situação, escolhemos fazer algo mais agradável ou fácil, mesmo que menos urgente.
2. Medo de fracassar
O medo do fracasso pode paralisar. Quando sentimos que não seremos capazes de realizar algo com sucesso, adiamos o início da tarefa para evitar a frustração. Por isso, o problema é que isso apenas aumenta a ansiedade e o estresse com o passar do tempo.
3. Perfeccionismo
Muitos procrastinadores são, na verdade, perfeccionistas. Eles adiam o início das tarefas porque acreditam que não conseguirão fazê-las com perfeição. O desejo de controle e excelência torna-se um obstáculo à ação.
4. Falta de clareza ou motivação
Às vezes, procrastinamos simplesmente porque não sabemos por onde começar. A falta de organização ou objetivos claros faz com que as tarefas pareçam grandes demais ou confusas. Isso desmotiva e leva ao adiamento.
5. Impulsividade e distrações
Em um mundo hiperconectado, as distrações são constantes. Checar o celular, assistir vídeos ou navegar nas redes sociais são formas instantâneas de prazer que competem com atividades que exigem foco e esforço. Pessoas com tendência à impulsividade têm mais dificuldade em resistir a essas tentações.
6. Ansiedade
A ansiedade faz com que a mente imagine cenários catastróficos em relação à tarefa. Isso pode paralisar a ação. Paradoxalmente, quanto mais se adia, maior é a ansiedade, criando um ciclo vicioso.
7. Culpa e vergonha
Procrastinar gera sentimentos de culpa, especialmente quando a pessoa sabe que está se sabotando. Com o tempo, essa culpa pode evoluir para vergonha, o que afeta ainda mais a autoestima e reforça o comportamento procrastinador.
8. Baixa autoestima
Pessoas que não acreditam em sua capacidade de realizar uma tarefa tendem a adiá-la. A procrastinação funciona como um escudo: se eu não tentei, não falhei. Mas isso só alimenta um ciclo de autossabotagem.
A influência da cultura e da sociedade
Vivemos em uma sociedade altamente produtivista, onde o valor pessoal está muitas vezes atrelado à quantidade de coisas que fazemos. Nesse contexto, ser improdutivo é visto como fracasso.
Ao mesmo tempo, há uma idealização da eficiência e uma exigência constante de estar ocupado, o que pode gerar exaustão mental. Muitas vezes, a procrastinação surge como uma forma inconsciente de resistência a esse ritmo acelerado.
O acesso fácil a estímulos rápidos — vídeos curtos, redes sociais, compras online, comida por delivery — reprograma o cérebro para desejar recompensas imediatas. Isso diminui a tolerância à frustração e torna mais difícil dedicar-se a tarefas demoradas ou trabalhosas.
Estratégias para lidar com a procrastinação
Vencer a procrastinação exige autoconhecimento, organização e, acima de tudo, compreensão e paciência consigo mesmo. A seguir, apresentamos estratégias práticas para lidar com esse hábito.
1. Divida tarefas em partes menores
Tarefas grandes e complexas causam intimidação. Dividi-las em etapas menores e mais fáceis de executar facilita o início da ação e gera um senso de progresso.
2. Estabeleça prazos realistas
A procrastinação muitas vezes ocorre porque subestimamos o tempo necessário para uma tarefa. Estabelecer prazos realistas, com margem de segurança, ajuda a evitar o estresse de última hora.
3. Use a técnica Pomodoro
Essa técnica consiste em trabalhar por 25 minutos e descansar por 5. Após quatro ciclos, faça uma pausa maior. O método ajuda a manter o foco e evita a fadiga mental.
4. Identifique e enfrente emoções difíceis
Em vez de fugir das emoções desconfortáveis, reconheça-as. Pergunte-se: “O que estou sentindo agora? Por que estou evitando essa tarefa?” Esse exercício de consciência ajuda a lidar com a raiz do problema.
5. Reduza distrações
Crie um ambiente de trabalho livre de estímulos que desviem sua atenção. Desligue notificações, mantenha o celular longe e, se possível, use aplicativos bloqueadores de sites durante períodos de trabalho.
6. Dê uma recompensa a si mesmo
Associe a conclusão de uma tarefa a uma pequena recompensa. Isso cria uma associação positiva com o esforço e estimula a continuidade do hábito produtivo.
7. Pratique a autocompaixão
Procrastinar não faz de você uma pessoa preguiçosa ou inútil. Todos procrastinam em algum momento. Praticar o autocuidado e evitar julgamentos severos é essencial para romper o ciclo da culpa.
8. Crie uma rotina e fortaleça hábitos
Criar uma rotina consistente é uma das formas mais eficazes de combater a procrastinação. Quando uma atividade torna-se hábito, ela exige menos esforço de decisão e se incorpora ao nosso dia a dia de forma natural.
9. Planejamento semanal
Ter uma visão clara da semana, com tarefas organizadas por ordem de prioridade, ajuda a manter o foco. Evite planejar demais ou ser rígido: flexibilidade é tão importante quanto disciplina.
Quando buscar ajuda profissional?
Se a preguiça e procrastinação estiver afetando seriamente sua vida pessoal, acadêmica ou profissional, é recomendável buscar a ajuda de um psicólogo, pois isso pode estar associado a alguma neurodivergência. Transtornos como depressão, TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e ansiedade crônica podem estar na base desse comportamento.
A terapia cognitivo-comportamental, por exemplo, tem se mostrado eficaz no tratamento da procrastinação, ao trabalhar as crenças limitantes e as estratégias de enfrentamento.
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Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 06/205788Formação: A psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...