Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
Pode ser difícil identificar que você está em um relacionamento codependente. A dinâmica de codependência pode, às vezes, parecer benéfica e despertar sentimentos positivos, como conforto e aceitação.
É gostoso saber que alguém se importa conosco a ponto de cuidar de nós e oferecer ajuda quando precisamos.
Entretanto, psicólogos afirmam que não é saudável depender excessivamente de outras pessoas. Essa afirmação é válida tanto para relacionamentos amorosos quanto familiares, profissionais e de amizade.
A codependência é nociva para a saúde mental e, com o passar do tempo, transforma a relação em um relacionamento tóxico.
O que são relacionamentos codependentes?
Relacionamentos codependentes são relações afetivas em que há um desequilíbrio na dinâmica do casal. Esse, por sua vez, tende a estar associado aos fatores financeiro, psicólogo ou emocional.
Em um relacionamento codependente, um dos cônjuges normalmente concede mais atenção, carinho e tempo ao outro, recebendo pouco ou nada em troca.
Quem está na outra ponta pode tirar vantagem da atenção, consciente ou inconscientemente, para satisfazer os seus desejos e necessidades emocionais.
Mas, nenhum dos parceiros está disposto a repensar a maneira como se relacionam.
Os relacionamentos codependentes não são saudáveis, pois não é possível depositar a responsabilidade por sua felicidade e bem-estar em outra pessoa.
A expectativa de que o outro pode solucionar todos os seus problemas, bem como providenciar tudo o que você deseja, está fadada à frustração.
Além disso, essa expectativa irreal se torna um peso grande demais para o parceiro carregar.
Ele pode se autointitular o responsável pelo bem-estar do cônjuge, mas, como não consegue corresponder às suas demandas emocionais o tempo inteiro, se frustra consigo mesmo.
A tendência é que ele se leve à exaustão física e emocional devido à preocupação excessiva com o outro.
Sinais de codependência no relacionamento
Identificar a codependência no relacionamento requer muita atenção e honestidade.
As pessoas costumam ter dificuldade para aceitar que seus relacionamentos não são tão saudáveis quanto gostariam por estarem apaixonadas.
Elas relevam atitudes do cônjuge que deixaram mágoas, acreditando sempre que o melhor está por vir.
Ignorar os problemas, no entanto, apenas faz com que situações desagradáveis se repitam.
As consequências costumam ser mais intensas nas vezes seguintes, tornando o diálogo cada vez mais difícil.
Essa não é a realidade somente dos relacionamentos amorosos. Qualquer tipo de relação pode se degastar quando os elementos negativos presentes nela são ignorados.
Para ajudá-lo a refletir sobre a qualidade do seu relacionamento, listamos alguns sinais de codependência abaixo. Veja se consegue identificar um ou mais sinais em sua relação.
1. Necessidade de agradar o outro
O indivíduo codependente planeja a sua vida inteira em torno do outro.
Ele faz de tudo para tentar agradá-lo, mesmo que isso signifique colocar as suas vontades em segundo lugar.
A ideia de separar-se dele traz medo, insegurança e dúvidas. Como conseguirá sobreviver sem o seu porto seguro?
2. Dependência da opinião do outro
O senso de identidade e a autoestima do indivíduo codependente têm como base a maneira como o seu parceiro o vê.
Assim, ele está sempre questionando os seus sentimentos por ele e pedindo a sua opinião antes de tomar decisões importantes para a sua vida.
3. Sensação de vazio quando o outro está distante
Quando o cônjuge está emocional ou fisicamente distante, o indivíduo codependente sente uma sensação de vazio.
Ele não sabe bem o que fazer se não tem a companhia ou a orientação dele.
Essa característica é comum em pessoas que não se conhecem ou possuem baixa autoestima.
4. Ausência de interesses fora do relacionamento
Em um relacionamento saudável, o casal possui interesses, ambições e laços afetivos fora da relação.
Já em relacionamentos codependentes, toda a energia do casal ou do cônjuge codependente é voltada para o bem-estar do relacionamento.
Mesmo que haja outros compromissos, como trabalho ou estudo, o foco continua sendo a relação.
5. Dificuldade para reconhecer as próprias vontades
A dificuldade para reconhecer as próprias vontades também vem da baixa autoestima e falta de autoconhecimento.
Por conta disso, o parceiro codependente tem dificuldade para expressar quando está insatisfeito e identificar os seus anseios.
6. Ciúme excessivo
O ciúme excessivo é muito comum em relacionamentos codependentes.
Como a pessoa codependente precisa de constante validação dos sentimentos do cônjuge, ela tende a ficar com ciúmes com frequência.
Um pouco de ciúme no relacionamento é normal e, quando esse sentimento não afeta a saúde emocional da relação, não é preciso se preocupar.
Mas, quando o ciúme ultrapassa os limites e começa a causar conflitos, é necessário que o casal dialogue sobre o assunto.
7. Chantagem emocional
A chantagem emocional é outra característica bastante presente nos relacionamentos codependentes.
Em sua eterna busca pela validação do amor do cônjuge, o indivíduo codependente pode agir de maneira manipuladora, consciente ou inconscientemente.
Por exemplo, ele pode fazer o outro se sentir culpado por não ter tempo para ele quando, na verdade, o cônjuge está ocupado com alguma questão pendente.
A chantagem pode ser feita por meio de cobranças, acusações e insinuações acerca dos verdadeiros sentimentos do cônjuge.
8. Cansaço mental
O cansaço mental é o resultado da necessidade de sempre pisar em ovos para não causar desentendimentos com o cônjuge.
Indivíduos codependentes tendem a ser reativos, por isso, transformam acontecimentos simples em grandes eventos.
Eles também tem dificuldade para gerenciar a sua frustração ao receberem um ‘não’.
A repetição desse padrão no relacionamento eventualmente causa cansaço mental.
O que causa a codependência?
Relacionamentos codependentes são mais comuns quando um dos cônjuges possui algum tipo de vício ou uma condição de saúde mental severa, como o transtorno de personalidade borderline.
A carência afetiva e o medo da rejeição são um dos principais sintomas dessa condição.
Eles levam o indivíduo a ser extremamente dependente das pessoas com quem convive.
A codependência nos relacionamentos também pode ser o resultado de um frágil senso de identidade.
A pessoa codependente não consegue encontrar um propósito para a sua existência nem definir traços da própria personalidade.
Ela não sabe quem é. Sendo assim, deposita todo o seu senso de identidade nas opiniões do outro.
A ausência de limites no relacionamento também é uma possível causa.
Quando casais não conseguem estabelecer limites para que ambos fiquem confortáveis na relação, um dos cônjuges tende a se aproveitar da boa vontade do outro.
Por exemplo, ele pode repetidamente ter uma atitude desagradável, como flertar com outras pessoas, gastar o dinheiro do parceiro à toa ou tratar o cônjuge com rudez na frente dos demais.
Como não recebe nenhum sinal de que suas condutas não são aceitáveis, ele não muda o seu jeito de agir.
Mesmo que para você essas atitudes sejam inaceitáveis, o outro pode ter uma opinião diferente por uma série de motivos, então é preciso saber expressar quando você está insatisfeito.
O excesso de carência e a necessidade de ser validado por terceiros, incluindo desconhecidos, também pode ter a sua origem na infância.
A falta de atenção ou de preocupação dos pais pode levar o indivíduo a buscar o que não teve quando criança em outras pessoas na vida adulta.
Como tornar o relacionamento mais saudável?
Para trabalhar a codependência no relacionamento, casais precisam conversar sobre assuntos delicados, como confiança, autoestima, reciprocidade, responsabilidade afetiva e compromisso.
Embora esse seja um passo necessário para resolver questões que interferem na convivência harmônica do casal, conversas como essa podem facilmente desencadear brigas.
Casais que não possuem o costume de resolver os problemas com diálogo podem achar essa tarefa especialmente desafiadora.
E, quando a atmosfera hostil se instala, casais não conseguem conversar com clareza.
Relacionamentos codependentes podem sim se tornarem saudáveis mediante esforço mútuo, respeito e diálogo.
Ambos os parceiros devem estar comprometidos em fazer a relação dar certo.
Quando o casal não consegue chegar a um consenso acerca dos pontos problemáticos da relação, no entanto, esse trabalho se torna mais difícil.
Sendo assim, casais podem recorrer à terapia de casal.
Esse tipo de terapia visa encontrar a solução para os problemas conjugais mediante o diálogo e o desenvolvimento da empatia.
Dessa maneira, os casais conseguem compreender as intenções, medos e limitações um do outro, bem como fazer os movimentos de mudança necessários para criar uma dinâmica agradável para ambos.
Quem está em um relacionamento codependente precisa entender que os relacionamentos afetivos não são formados por casais, mas por dois indivíduos independentes que concordaram em ficar juntos.
Casais cujos relacionamentos são saudáveis apoiam e compreendem um ao outro, mas também sabem se colocar como prioridades.
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Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 06/205788Formação: A psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...