Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019
Alguns indivíduos parecem ter inclinação para criticar e fazer julgamentos alheios, independente da situação. Embora fazer uma crítica em si não seja ruim, criticar os outros ou a si mesmo com frequência pode deixar um gosto amargo na boca.
Críticas sem propósito não causam mal somente a quem as recebe. Elas também prejudicam quem as fazem com tanto fervor, aumentando a sensação de mal-estar, o mau humor e o estresse. Além disso, críticas desagradáveis lançadas aos outros fortalecem a autocrítica tóxica.
Se você possui o hábito de criticar os demais sem pensar, pode já ter percebido os efeitos negativos disso em seu humor e autoestima. Quebrar esse hábito, no entanto, não tende a ser fácil.
De onde vem a necessidade de criticar os outros?
Quando alguém faz críticas excessivas às outras pessoas, ele, na verdade, está projetando nelas as características que desgosta em si mesmo.
Indivíduos muito críticos consigo mesmos costumam fazer julgamentos alheios com base em fatores externos, como emprego, aparência, condição financeira, cônjuge, roupas, carro, entre outros.
Fazem isso porque possuem um padrão rígido e praticamente imutável do que é considerado apropriado. Por exemplo, se acreditam merecer determinado cargo na empresa, julgam e criticam aqueles em cargos inferiores. Se acreditam que determinados traços físicos são considerados atraentes, julgam quem não os possuem.
Eles mesmos podem não possuir o que tanto consideram necessário para a sua felicidade. Na tentativa de se distanciarem dessa posição de desencontro com seus ideais, criticam quem se encontra no mesmo barco que eles. Assim, se sentem um pouco melhor.
Essa sensação, no entanto, é passageira. O indivíduo crítico logo volta a sentir a necessidade de julgar e criticar para sentir aquela mesma sensação agradável novamente. Sem perceber, ele se coloca em um ciclo de críticas e recompensas emocionais efêmeras.
Esses indivíduos definem o seu valor com base em elementos externos que, embora contem uma certa “história” sobre quem são para os outros, não definem o seu “eu” interior.
Por exemplo, um carro do ano pode dizer aos demais que você é uma pessoa com um bom emprego e condição financeira, mas o que diz a respeito da sua personalidade? A única informação pode ser que você gosta daquele modelo de automóvel específico, mas a interpretação não vai muito além disso.
Autocrítica excessiva não é saudável
Idealizar uma vida para si mesmo não é uma ocorrência rara. Você provavelmente já pensou que seria legal ter um determinado modelo de carro, morar em um bairro agradável, ter um emprego condizente com seus objetivos profissionais, encontrar um parceiro com gostos semelhantes, entre outros.
Nossos sonhos agem como nortes em nossas vidas. Eles determinam as metas e objetivos que traçamos, como ocupamos os nossos dias, nossas escolhas em situações difíceis, entre outros.
No entanto, ter ideais para o futuro e expectativas acerca da sua personalidade, profissão, relacionamento e moradia não significa que você precise ser uma pessoa estática. Ao focar neles sem considerar suas necessidades emocionais, limitações e disponibilidade, você pode acabar se transformando em seu pior inimigo.
Por exemplo, você idealiza ser um profissional extremamente competente e renomado em seu campo de atuação. Para chegar à essa posição, você elenca os fatores que podem lhe ajudar a subir na carreira, como assertividade, agarrar as oportunidades certas, saber ouvir, transparência e humildade.
Enquanto na sua mente é fácil agir assim, na vida real pode não ser. E você não deve se punir por conta disso.
Pessoas críticas se comportam exatamente assim: elas se penalizem por não ter a conduta perfeita. Em vez de serem compreensíveis com seus próprios erros, se machucam com palavras ásperas ao cometê-los. Possuem dificuldade para se perdoar, por isso, enchem suas cabeças com pensamentos autodepreciativos.
A autocrítica é uma ferramenta excelente para nos ajudar a descobrir o que não gostamos em nós e transformar pontos fracos em fortes. Mas ela deve ser utilizada com sabedoria. Caso contrário, colabora para o estresse, depressão, ansiedade e críticas excessivas sobre as outras pessoas.
Como ser menos crítico com as pessoas em 5 passos
O caminho para ser menos crítico com os outros é aprender a gostar de você mesmo. Isto é, aprender a valorizar as características do seu verdadeiro “eu”, como a generosidade, compaixão, criatividade, bom humor, empatia e mais.
Quando você aprende a amar e valorizar os atributos que constituem a sua essência, você naturalmente vai ser capaz de ver os atributos positivos dos outros e valorizá-los como se fossem os seus. Essa mudança significativa acontece gradativamente.
À medida que você fortalece o seu amor-próprio, percebe que amar os outros fica consideravelmente mais fácil. Os comportamentos, manias e elementos externos (roupas, carro, moradia, profissão) alheios deixam de ser importantes.
Essa jornada de transformação pessoal não costuma ser simples, então, não se preocupe se você não conseguir quebrar essa conduta após algumas tentativas. Modificar hábitos nutridos a vida inteira – seja conscientemente ou no piloto automático – requer tempo, paciência e perseverança.
Procurando ajudá-lo a ser menos crítico com os outros, separamos cinco dicas de psicólogos abaixo.
1. Ouça quem está ao seu lado
Ouvir o feedback de quem convive com você sobre o seu hábito de criticar os outros é muito importante para erradicar esse comportamento. Sim, isso pode ser bastante desagradável.
Mas, como as pessoas ao nosso redor têm uma visão mais racional acerca de como agimos, suas opiniões podem destacar condutas consideradas desagradáveis com mais facilidade. Aconselhamos você a pedir esse feedback somente de pessoas de confiança, como amigos íntimos, familiares e cônjuge.
2. Assuma que todos estão fazendo o melhor que podem
Todas as pessoas, incluindo você, estão fazendo o melhor que elas podem. Estão agindo com base em suas crenças pessoais, experiências de vida, criação, conhecimento e hábitos. Podem estar agindo de má fé para prejudicar terceiros em alguns casos, mas seja realista. Quantas vezes você já encontrou alguém assim?
Esse modo de pensar vai ajudar você a reduzir o criticismo direcionado às outras pessoas e, ainda, desenvolver a sua empatia.
3. Descubra com o que você está insatisfeito
Seja sincero e reflita: com o que você está insatisfeito em sua vida? Identificar quais elementos costumam desencadear as suas críticas mais intensas, pode ajudá-lo a chegar à uma conclusão.
Por exemplo, se você se sente desconfortável com o peso, condição financeira, profissão e estado civil de outra pessoa, pergunte-se o que causa esse sentimento. É algo que está faltando em sua vida? É necessidade de colocar o outro para baixo para se sentir bem?
Em seguida, reflita sobre o que você pode fazer para melhorar as características as quais você desgosta em si mesmo. Seja compassivo ao identificar seus defeitos e atributos negativos. Lembre-se que você não é perfeito!
4. Considere se você já fez o mesmo (provavelmente sim!)
Todos nós temos dias ruins, cometemos erros e agimos sem pensar. Quando o julgamento do outro estiver na ponta da língua, considere se você já teve uma atitude semelhante a dele.
Por exemplo, quando pessoas são fechadas no trânsito, elas ou xingam em voz alta, ou buzinam para expressar a raiva. Se você já criticou algum desses comportamentos em outros indivíduos, se pergunte se já fez o mesmo. Da mesma forma, considere se você já fechou alguém no trânsito sem perceber.
Quando julgamos outros, estamos segurando um exemplo que reflete a nossa própria personalidade. Ou seja, se algo que o outro faz incomoda você, é provável que represente uma parte de você.
Além disso, costuma ser mais fácil encontrar falhas nos outros do que em nós mesmos. Esse exercício vai ajudá-lo a perceber que você é igual a todo mundo. Ou seja, possui a mesma capacidade de fracassar, ser impulsivo e agir com desatenção.
5. Seja compassivo
Você não sabe por que as pessoas agem do jeito que agem. Compreender o comportamento e mente humana é função dos psicólogos. E, para desenvolverem seu trabalho, esses profissionais precisam aprender muito sobre a história de seus pacientes.
Como raramente temos acesso a essas informações no cotidiano, se torna mais fácil fazer julgamentos.
Mas, e se você descobrir que a pessoa quem está criticando teve uma experiência trágica que a levou a ter o comportamento que possui hoje? E se ela estiver fazendo terapia, mas não conseguiu se desvencilhar de comportamentos disfuncionais do passado?
Você não conhece a história das pessoas, então seja compassivo. Você não precisa aprovar as suas atitudes ou pontos de vista, mas pode tentar entendê-las e ser empático.
Psicólogos para Relações interpessoais
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Autor: psicologa Psicóloga Veluma Marzola - CRP 06/124019Formação: A psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...
muito bom, os artigos, q li quero continuar recebendo
Obrigada pelo seu comentário e fico contente que os artigos tenham sido úteis para você.